0 AUTORITARISMO PEÇONHENTO ATACA DE NOVO

Como primeira nota vou avisando que, com colete à prova de bala para os que me querem silenciado e com perda de direito à palavra, dizer-lhes que cada um terá o troco a seu tempo e a minha primeira condição, antes de qualquer outra pertença, é de homem livre. Ao opinar sob o imbróglio da “foto com Nuias Silva”, estarei, obviamente, a chamar atenção para uma prática que não é de hoje e que, pelos vistos, insiste em enlamear a nossa forma de fazer política.

Mar 18, 2025 - 16:05
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0 AUTORITARISMO PEÇONHENTO ATACA DE NOVO
Assim, preparo-me também para que os “conselheiros de costume e dos costumes”, que cozem a narrativa do consenso, mas que são sempre os primeiros a atirarem pedradas, não se sabendo se por convicção revista por baixo ou se por soldo, pois há por aí muito disfarce por conta da militância.
A inquisição em torno das fotos tem sido a labutação dos turcos que penetraram o partido nestes últimos anos e que tanto dano têm provocado.
Um dia destes trago o baú das fotos para a praça pública para o gáudio dessa “tropa fandanga” e que se arroga no direito de julgar o caráter das pessoas pelas fotos que vai colecionando para a sua inquisição fascista.
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Como segunda nota e recuando um pouco, não posso deixar de contar insólitos pessoais. Em São Filipe, numa altura em que tinha elevadas responsabilidades no PAICV, o fandango de serviço conseguira, por uma foto qualquer com o amigo Luís Pires, colar-me a apoiar então “candidatura independente” de Luís Pires, pondo a correr que Júlio Correia afinal estava a apoiar uma candidatura não sufragada oficialmente pelo PAICV.
Ninguém teve dúvidas da autoria da perfídia criada, nem que eu era um dos “alvos a abater”, com insinuações, calúnias e linchamentos morais por parte de certa gente.
A tal foto era um dos primeiros sinais de que o futuro não augurava boa jornada no PAICV, em pleno regime da Democracia Constitucional, o que levou alguns de nós a trazer a tese da democratização interna do partido e a de militantes com os seus direitos de cidadania intactos.
Mais recentemente, eu e o meu amigo Felisberto Vieira fomos fotografados a cumprimentar o Primeiro Ministro de Cabo Verde nos Estados Unidos, durante um evento do Estado, tirada numa sala com centenas de pessoas e o “serviço pidesco”, pôs a circular a inverdade de que estávamos a baldear para os lados de outros partidos e que a cordialidade para que os atores políticos de Cabo Verde não seria tolerada pelo “conchavo de Alto Cutelo”, um dinossauro criado imprudentemente, depois de 2011, e que chegado a dinossauro adulto se torna o predador de tudo e de todos. Foi a gota de água que me fez solicitar a minha suspensão de militante do PAICV, por minha manifesta incapacidade de lidar com este tipo de práticas na política.
E a história de manipulação das fotos não parou e foi utilizada naquela tirada de apresentação de Nuias Silva na Praia para se aviltar o bom nome do Comandante Pedro Pires, a maior referência viva do meu país.
E como terceira nota, afirmar que a extensão da víbora está viva, escondida na toca e a sua peçonha age por interpostos militantes.
E o que se passou com a foto de Nuias Silva no Mindelo nada mais é do que um episódio de uma história triste que é preciso estancar pois é de gente com azia à democracia. Ao não denunciarmos o que está a acontecer, estaremos a ocultar a cobra peçonhenta.
By Julio Correia tirado na Forcv.com