Vamos aos fatos:
1 – Porque será que um secretário Geral Adjunto do PAICV e Coordenador das bases de dados do PAICV, manda impugnar por motu próprio a candidatura de Francisco Carvalho? Qual é a verdadeira motivação do Jorge Lopes, esse militante tão poderoso, em desencadear esta ingente tarefa?
2 – Senhoras e Senhores, alguém em seu perfeito juízo acredita que a impugnação da Candidatura de Francisco Carvalho, junto do Tribunal Constitucional, partiu de Jorge Lopes? Jorge Lopes está sozinho nesta tarefa ingente? Alguém lembra de mais algum feito glorioso deste senhor no panorama político local, nacional e internacional? Alguém sequer lembra que este senhor que responde pelo nome de Jorge Lopes alguma vez foi ministro?
3 – Militantes do PAICV, a motivação maior do nosso partido não passa por organizar as eleições e depois combater o MPD em 2026? Se a resposta for afirmativa, não passa pela cabeça que um dirigente de topo do PAICV, Secretário Geral Adjunto e Coordenador geral da base de dados, põe em causa a decisão da CNJF. Outrossim, acredito na boa-fé da posição dos vários candidatos e por mim, hoje, 30 de março, neste momento da noite, o PAICV já deveria estar na estrada com o seu novel presidente a dar combate ao MPD e a desgovernação do país.
4 – A questão não é política? Porquê que o Secretário Geral Adjunto do PAICV, não quer conformar com a decisão da CNJF e tem medo da lista de subscrição que as candidaturas mobilizaram, umas mais do que outras, cada uma consoante a confiança e grau de mobilização dos militantes.
5 – Os militantes do PAICV deveriam mobilizar no sentido de saber quem mais faz parte da equipa de Jorge Lopes. Este senhor vai ficar na história de Cabo Verde, como aquele que depois de 2011, promoveu a maior discórdia no seio do partido e provocou ou vai provocar, seguramente, que os caboverdianos continuam a ser governados por esta maioria do MPD, que de modo geral promove a desigualdade, intransparência, falta de meios para os que mais carecem, educação sem qualidade, déficit nos serviços de saúde, lentidão na justiça, insegurança, abandono aos homens e mulheres do campo...Enfim, governo gordo e povo magro.
6 – Escrevo e questiono não como quem tem resposta, mas como quem na ausência de resposta e motivações claras as questiona. Repito, se o Secretário Geral Adjunto do PAICV – Jorge Lopes se empenhasse nas campanhas contra o MPD com a mesma força, vivacidade, rigor, empenho e dedicação, o PAICV na ilha do Sal, não estaria a ter nas eleições gerais contra o MPD meia centena de votos.
7 – Afirmo com tranquilidade, quem conhece o Secretário Geral Adjunto do PAICV e Coordenador da base de dados dos militantes, sabe que ele não está sozinho e que num jogo fácil poderemos juntar as peças e chegar a equipa do Real Madrid que está a orquestrar todo esse imbróglio.
8 – Neste Momento o PAICV deveria estar a fazer aquilo que outrora alguém disse: Nu Djunta mon, Kabésa y korason. Djunta mon pa trabadja, kabésa pa pensa kenha ke na verdade nós adversário e korason pa nu trá ódio e pa nu ama nós país más ki nós interesse.
9 - Ir ao Tribunal Constitucional é abrir um precedente nunca antes vista em Cabo Verde. Passamos todos os limites / razoáveis na esfera de organização política partidária.
10 - Já agora, senhor Secretário Geral Adjunto do PAICV: acabaram os Fóruns próprios? Ou isto é apenas para alguns? Hum...E, mais não digo!
PAICV – Kenha ki dau és Secretário Geral Adjunto ki dja sta kaba ku bó?
Jose Sanches