A vergonhosa exposição das vulnerabilidades das pessoas, perpetrada pelo Presidente da Câmara Municipal da Brava. Um atentado à dignidade contra as populações mais pobres.
Apesar da condenação pública e contra a própria sugestão da Secretaria Geral do MpD, o Presidente da Câmara Municipal da Brava vem expondo de forma covarde e criminosa, fotografias de distribuição das “migalhas” a munícipes, enquadrados na classe mais desfavorecida da ilha Brava.
"Fazer o bem sem olhar a quem”
Apesar da condenação pública e contra a própria sugestão da Secretaria Geral do MpD, o Presidente da Câmara Municipal da Brava vem expondo de forma covarde e criminosa, fotografias de distribuição das “migalhas” a munícipes, enquadrados na classe mais desfavorecida da ilha Brava.
Num claro acto de aproveitamento político, sem qualquer envolvimento das organizações sociais, diga-se Cruz Vermelha, igrejas e sociedade civil, Francisco Tavares, sempre ele, aquele que responde pelos destinos da ilha, vem explorando a vulnerabilidade das pessoas.
O não aproveitamento político do vírus é o mínimo que a seriedade obriga, pois do contrário, pode-se ser mais perigoso do que a periculosidade que o Coronavírus representa.
A exposição pública das pessoas, para além de ser criminosa e imoral, mostra o mau caráter da pessoa que a faz, e vai contra todos os manuais das relações sociais, do servidor público, que Tavares representa.
Francisco Tavares, o Presidente da Câmara do vírus
Estando numa clara descendência em termos de popularidade, o Virus nao veio em boa ocasião, passe as más interpretações, pois o Presidente está surfando nesta onda para tentar ser o candidato às próximas eleições.
Não fosse esta intenção, o Presidente da Câmara deveria convocar o partido da Oposição, PAICV, as forças vivas da sociedade bravense, a Cruz Vermelhas, as confissões religiosas, etc, para se juntar a esta luta a favor dos pobres e carenciados da ilha.
Agindo desta forma, temos a quase certeza de que Tavares tem três ideias na cabeça: Chamar a si os ganhos políticos da distribuição das migalhas; alargar a área potencial da centralidade da escolha dos beneficiários; e criar um ambiente artificial de uma administração com preocupação social.
O Presidente Tavares engana-se e tenta enganar-nos: ele, o Presidente do vírus. O Presidente do vírus é aquele que governe quando eclode uma epidemia ou pandemia, e será julgado pelo que fez antes da crise, pelo que faz durante, e pelo que fará depois.
A distribuição das migalhas, que deve durar três a quatro dias, no agregado médio familiar da ilha (4 pessoas), nunca deveria ser utilizado como uma acção política.
Pode tentar negar, pois não seria louco para o aceitar. Ao encabeçar o processo de escolha dos beneficiários, acompanhar presencialmente as distribuições, não permitir a participação da Cruz Vermelhas e igrejas, tirar fotografias e publicar, claramente está afirmando, “sim quero tirar proveito político disso”.
Se trata de um miserável aproveitamento político que poderá resultar em algo claramente contrário à pretensão de Francisco Walter Tavares, que está fazendo tudo para cair nas graças do seu partido e ser escolhido candidato às próximas eleições autárquicas.
Jogando em antecipação, numa ilha sem nenhum caso do vírus que está arrasando o mundo, Tavares procura surfar esta onda, tirando ganhos políticos, mostrando serviço, num portfólio, de quase três anos, vazio.
Nos três anos da sua governação, nada mais fez do que “gastar” o dinheiro disponibilizado pelo Governo, mostrando estar apenas sendo Delegado deste.
Num vazio de criatividade, com uma administração claramente presa ao que o Governo disponibiliza, sem contar com a contribuição real das pessoas da ilha e dos emigrantes, Tavares vê-se a braços com uma crescente quebra de popularidade. Com isso, aproveita da vulnerabilidade dos bravenses, num acto de desumanidade sem precedentes, para se posicionar na linha de partida para as eleições de Outubro.
Revolta ver as fotografias das distribuições de cestas básicas e o rosto triste das pessoas, que nao querendo ver suas imagens sendo publicadas, mas nada podem fazer, pois precisam dos alimentos para os filhos e para a família.
Revolta ainda saber, que indo contra dos preceitos e princípios morais, que se recomenda, que não devemos deixar que a mão esquerda tome conhecimento do que a direita fez, e não ouvindo a voz critica, o Presidente Tavares continua, sem pejo, publicando as fotografias.
Não parando esta acção imoral e criminosa, uma grupo de pessoas, pensam intentar uma acção judicial contra o Presidente da Câmara Municipal da Brava, por danos morais, exploração de vulnerabilidades a atentado a dignidade da pessoa humana.
A par disso, (ver foto) O Presidente da Câmara Municipal esqueceu de que o país está em estado de emergência, e as pessoas que o ajudam na distribuição nao estao cumprindo a regra do isolamento social e nem a da distância de dois metros.