Activista Bravense ajuda na recuperação de Porto Rico por "vocação"
Carlos Spínola narra cenário de destruição Um mês e meio após o furacão Maria arrasar o Estado associado americano de Porto Rico, a situação continua muito complicada em toda a ilha, considerada uma das mais paradisíacas das Caraíbas. Sem energia eléctrica e água na maior parte da ilha, além de pontes e outras infraestruturas destruídas, frente a uma resposta do Governo federal muito criticada, organizações não governamentais e activistas estão no terreno a tentar ajudar os porto-riquenhos.
Carlos Spínola narra cenário de destruição
Um mês e meio após o furacão Maria arrasar o Estado associado americano de Porto Rico, a situação continua muito complicada em toda a ilha, considerada uma das mais paradisíacas das Caraíbas.
Sem energia eléctrica e água na maior parte da ilha, além de pontes e outras infraestruturas destruídas, frente a uma resposta do Governo federal muito criticada, organizações não governamentais e activistas estão no terreno a tentar ajudar os porto-riquenhos.
Carlos Spínola é um activista e trabalhador social natural de Cabo Verde radicado no Estado de Rhode Island e encontra-se há duas semanas na ilha integrada numa das equipas da Cruz Vermelha.
“A situação continua precária, não há água nem luz em muitos lugares da ilha, só agora, 40 dias depois os alunos da universidade onde estou alojado regressaram às aulas, pontes destruídas e muita desolação”, conta Spínola, que por exemplo, passou três dias para poder levantar dinheiro num caixa automático e tem luz electrica das 18 às 6 horas.
Longe da normalidade
Em conversa com a VOA, aquele activista que passa o dia todo a distribuir água, alimentos, material de construção e a “confortar pessoas”, revela que, além de San Juan, a capital, a vida ainda está longe de regressar à normalidade.
Por isso, diz que, segundo fontes locais, cerca de “80 mil pessoas já deixaram a ilha e mais 500 mil pretendem fazê-lo nos próximos tesmpos”.
No ano passado, Carlos Spínola esteve na Carolina do Sul a ajudar as vítimas do furacão Matthew.
Vocação
Trabalhador social em Cabo Verde, ao chegar aos Estados Unidos Spínola continuou o que ele considera ser a sua vocação.
“A minha vocação é ajudar as pessoas e como não tenho dinheiro, a forma de ajudar é oferecer o meu trabalho e, recorrendo à morabeza cabo-verdiana, dar uma palavra de conforto”, resume Carlos Spínola que vive no Estado de Rhode Island e que deve passar mais uma semana em Porto Rico