Administrador da Delegacia de Saúde da Brava diz que primeira preocupação é “humanizar os serviços”
administrador da Delegacia de Saúde da ilha Brava, Ernesto Machado, disse hoje à Inforpress que a primeira preocupação da equipa que dirige é “humanizar os serviços e cuidados” oferecidos aos que procuram a delegacia.
administrador da Delegacia de Saúde da ilha Brava, Ernesto Machado, disse hoje à Inforpress que a primeira preocupação da equipa que dirige é “humanizar os serviços e cuidados” oferecidos aos que procuram a delegacia.
O responsável informou que o hospital tem tido “vários ganhos” e a equipa administradora trabalha no sentido de “criar um ambiente mais favorável” para quem procura estes serviços, num momento de “maior fragilidade” em relação à saúde, para que se sinta “mais em casa”, de forma a ter uma recuperação “mais breve”.
Para dar início a este processo, as melhorias iniciaram-se pela parte da recepção, seguida da enfermaria, que segundo a nossa fonte encontrava-se num estado “muito degradado”, com melhorias nas casas de banhos, favorecendo uma melhor “higienização” do espaço e dos pacientes.
Também foram remodelados os quartos da enfermaria, a pediatria sofreu “algumas transformações”, pois, antigamente, as crianças eram internadas juntamente com os adultos, mas agora já têm o “seu próprio espaço”, com brinquedos apropriados e um “ambiente digno”.
Um desfibrilhador faz parte do quadro dos ganhos, que segundo o administrador é um equipamento “muito importante”, mas espera não terem necessidade de utilizá-lo, ou seja, “que não surjam casos tão graves” que exijam a utilização do mesmo”.
Na parte de medicina, além das consultas realizadas via telemedicina, a ilha tem recebido vários médicos, de diversas especialidades, oriundos de diversos países, que não só dão consultas, como também fazem exames e oferecem os medicamentos necessários aos pacientes atendidos.
Entretanto, o administrador considerou que a ideia era que quanto mais especialistas trouxessem à ilha, menor seria o número de evacuações, o que na realidade não aconteceu.
“Houve um efeito contrário. Quanto mais especialistas, mais evacuações realizamos”, disse Ernesto Machado, explicando que isso deve-se a inexistência de equipamentos suficientes e adequados para certas especialidades, o que espera ser resolvido aos poucos, assim como tem sido feito.
Em relação ao transporte dos doentes para tratamento fora da ilha, a mesma fonte adiantou que tem “melhorado e muito” o processo, uma vez que, hoje em dia, maioria das consultas são realizadas na ilha do Fogo, em que disponibilizam 20 consultas semanais a pacientes da ilha Brava e todas as quartas-feiras as prioridades são para esses doentes.
Todos estes ganhos, conforme Machado, foram alcançados graças aos apoios dos parceiros locais e alguns emigrantes que, inclusive, criaram uma associação nos Estados Unidos da América com o nome “Just Care Brava Hospital Charity”, para organizarem eventos e fundos que se revertem em apoio à delegacia.
O próximo passo da equipa é a montagem da sala de RX, com equipamentos disponibilizados pelo Governo, mas aguardam apoios para o revestimento da sala.
O administrador aproveitou para apelar ao Governo “um pouco mais de sensibilidade”, no sentido de disponibilizar “mais equipamentos” à Delegacia de Saúde da Brava.
“O essencial, que precisamos aqui, são os equipamentos. Se tivéssemos equipamentos muito mais seria feito e com menos transferências de doentes, o que seria um ganho para a população da ilha”, concluiu.