Alberto Gomes (Titin), antigo jogador, entre a dúvida e a certeza. Sem recursos para campeonato regional mas com para interzona de futsal

Para Gomes, a situação desportiva na ilha da Brava levanta questões profundas sobre a gestão do desporto local, a priorização de modalidades e o impacto das decisões nas comunidades desportivas. 

Dizendo-se muito triste e confuso, avançou que o cancelamento do campeonato regional de futebol é um golpe duro para a modalidade na Brava. O futebol de 11, com a sua tradição e popularidade, é um pilar do desporto em muitas comunidades. A sua ausência priva os jovens atletas de oportunidades de desenvolvimento, competição e projeção.

A organização de uma interzona de futsal, em contraste com o cancelamento do campeonato regional de futebol, levanta questões sobre a coerência das decisões. Se a falta de fundos é a justificação para o cancelamento do futebol, como se explica a disponibilidade de recursos para o futsal, perguntou, confuso.

Esta manobra, segundo Gomes, visa claramente prejudicar a equipa do Morabeza. As acusações de perseguição ao Morabeza são graves e merecem uma investigação aprofundada. O Morabeza, enquanto clube com uma forte base de apoio, representa um importante activo para o desporto na Brava. Prejudicar o seu desempenho prejudica o desporto local como um todo.

A gestão do desporto deve ser pautada pela transparência e pela equidade. As decisões devem ser comunicadas de forma clara e justificada, e as oportunidades devem ser distribuídas de forma equitativa entre as diferentes modalidades e clubes.

As autoridades desportivas locais têm a responsabilidade de garantir o bom funcionamento do desporto na Brava. Devem agir de forma imparcial, promover o desenvolvimento de todas as modalidades e zelar pelo bem-estar dos atletas.

A polémica actual exige uma reflexão sobre o futuro do desporto na Brava. É necessário um diálogo aberto entre as autoridades, os clubes e a comunidade desportiva para encontrar soluções que promovam o desenvolvimento do desporto local.

Gomes ainda avança que o desenvolvimento do desporto exige investimento em infraestruturas, formação de atletas e treinadores, e apoio aos clubes. É fundamental que as autoridades locais e os agentes privados invistam no desporto como um pilar do desenvolvimento social e humano.

A comunidade desportiva da Brava deve unir-se em defesa do desporto local. É fundamental que os clubes, os atletas e os adeptos trabalhem em conjunto para superar os desafios e construir um futuro promissor para o desporto na ilha, termina.