António Guterre abre a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas

Na sua opinião, "o mundo mudou. As nossas instituições não o acompanharam. Não podemos efetivamente resolver os desafios atuais se essas instituições não se adaptarem para refletir o mundo como ele é agora. Em vez de solucionar problemas, elas correm o risco de se tornarem parte do problema."

Sep 19, 2023 - 15:37
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António Guterre abre a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), procedeu, hoje, 19 de setembro, a abertura da 78ª sessão da Assembleia Geral. O Primeiro Ministro de Cabo Verde e Chefe do Governo, marcou presença na abertura e irá fazer o seu discurso no próximo sábado de manhã.

Durante o seu discurso, António Guterres abordou questões críticas como à governação global que considera “presa no tempo” e apontou o Conselho de Segurança e as instituições financeiras de Bretton Woods como exemplos de sistemas que não evoluíram para refletir as mudanças no mundo desde 1945, tendo apontado que essas instituições ainda espelham as realidades políticas e económicas de 1945, quando muitos dos países representados na ONU ainda estavam sob domínio colonial. Sublinhou que o mundo passou por mudanças significativas desde então, enquanto que essas instituições permaneceram praticamente inalteradas.

Na sua opinião, “o mundo mudou. As nossas instituições não o acompanharam. Não podemos efetivamente resolver os desafios atuais se essas instituições não se adaptarem para refletir o mundo como ele é agora. Em vez de solucionar problemas, elas correm o risco de se tornarem parte do problema.”

O Secretário Geral da ONU tem se destacado como um defensor veemente da necessidade de reformas nas instituições financeiras internacionais e no Conselho de Segurança da ONU. Neste particular fez um apelo direto para que essas instituições abram à participação da União Africana.

A crítica contundente do Secretário-Geral da ONU sublinha a importância urgente de avaliar e modernizar as estruturas globais de governação para abordar os desafios contemporâneos, uma mensagem que ecoa além das paredes da Assembleia Geral da ONU e ressoa no cenário internacional.