Associação Regional de Futebol da Brava, no futebol, na formação, uma cara voltada para o futuro - casos, problemas e projectos
A Associação Regional de Futebol da Brava e o organismo que tutela competições, clubes e atletas no território da ilha, passando pelas provas, formação de árbitros e dirigentes, e manutenção da disciplina, fair play e boa conduta no futebol.
A Associação Regional de Futebol da Brava e o organismo que tutela competições, clubes e atletas no território da ilha, passando pelas provas, formação de árbitros e dirigentes, e manutenção da disciplina, fair play e boa conduta no futebol.
Como não poderia deixar de ser, o campeonato regional tem sido a prova mãe, onde há maior disputa, mais entrega, criando maior motivação nos adeptos das 7 equipas que evoluem na ilha.
Mas Taça da Brava, supertaça, torneio de abertura, provas para escalão feminino e sub-17 fazem parte do calendário anual da Associação Regional de Futebol da Brava.
A gestão de qualquer organismo, que envolve pessoas, clubes que procuram protagonismos, em disputas onde terá que haver um vencedor, sempre está sujeita a críticas, apreciações e depreciações, algo inevitável nos dias que correm, onde a internet, as redes sociais e blogs assumem capital importância.
Convém analisar a evolução do futebol na ilha, os ganhos, os desafios, as fragilidades, olhar para o passado, refletir o presente e projectar o futuro, ouvindo, aceitando e corrigindo sempre o rumo.
Os clubes, que são claramente os motores que carregam esta máquina fazem valer as suas opiniões, e neste caso, Bravanews foi atrás, ouvindo o que os respectivos dirigentes têm a dizer sobre a actual fase no futebol na ilha, a gestão da actual direcção, bem como os problemas e desafios.
Jandir Fernandes, Presidente do Morabeza, clube campeão na época passada, começa por dizer que a ARFB tem feito um trabalho de excelência em prol do desenvolvimento de futebol na ilha Brava.
Para adiantar que “isso é visível e pode ser facilmente comprovado”.
Vejamos: Todas as equipas passaram a contar com um subsídio anual atribuído pela associação de forma a ajudar nas despesas. “Todos os ex-jogadores têm entrada livre no campo, um feito inédito”.
Em termos de concertação, Fernandes avança de que são feitas reuniões mensais, “por vezes dois a três por mês”, onde todas as equipas podem opinar, dar sugestões e votar a favor ou contra propostas apresentadas.
As equipas receberam todos os troféus, e em termos de provas “damos nota positiva a organização da própria associação disponibilizando calendários de treinos, “graças a contratação de um Secretário que veio facilitar o trabalho dos dirigentes”, acrescenta.
Na opinião deste dirigente, Brava passa pelo seu melhor momento, pois “temos melhor organização, cinco equipas estão jogando e disputando a palmo o título”, disse.
Naturalmente que há algo que ainda pode ser melhorado, mas “isso se resume a todos, não apenas a Associação”, finaliza.
Já José Cardoso Fernandes, Presidente do Nô Pintcha, corrobora a opinião do dirigente do Morabeza, acrescentando que se cumpre todas as prerrogativas legais, “as reuniões são frequentes e mesmo em matérias que a direcção da associação não concorda leva a análise e votação dos clubes”.
Edivaldo Lopes da Académica, afina pelo mesmo diapasão, adicionando que o trabalho tem sido muito bem organizado, “nada a protestar ou reclamar, apenas estamos focados em dar o nosso melhor contributo” conclui.
Quem não alinha nesta positividade é a equipa do Sporting do Lem que se sente injustiçada, marginalizada, com o sentimento de estar a ser prejudicado pelas decisões da Direcção da ARFB.
“Desde a época anterior estamos a deparar com uma intencionalidade de prejudicar a equipa do Sporting, aliás várias foram as conversas onde se tira a ilação clara de evitar que o Sporting revalidasse o título”, avança Eloisa Bango, membro da Direcção do combinado do Lem.
Para esta dirigente, este ano, a começar, “já estamos já com prejuízos pois um dos nossos jogadores foi penalizado com 4 jogos de castigo apenas por uma palavra dita na comemoração de um golo, enquanto as outras equipas foram limpadas cartões a alguns jogadores para poderem defrontar o Sporting”, disse.
O Benfica, preferido anonimato do membro da Direcção declarante, disse que nao tem muito a queixar, mas dirige críticas a arbitragem que está claramente com intenção de prejudicar o combinado que veste de vermelho.
Não conseguimos chegar à fala com a Direcção do Coroa do Mato e a equipa do Juventude não participa nas provas deste ano, por isso entendeu não opinar.
No mundo o futebol é considerado um grande negócio, que apresenta crescimento contínuo e valores vultosos, mas na Brava ainda as coisas continuam no semi-amadorismo, embora pelos valores envolvidos, poderemos estar a caminhar para saida desta situação.
Das contas que Bravanews teve acesso, tanto da Direcção da ARFB, como dos clubes, os valores ascendem a perto de 5 milhoes de escudos caboverdianos, movimentados durante a época anterior.
A ARFB da Brava quer dar uma “pedrada no charco” de forma a melhorar o futebol na ilha, apostando na formação de dirigentes e árbitros, na melhor concertação, transparência na gestão e auscultação permanente, avançou um dos dirigentes da ARFB.
“Temos boas infraestruturas, recursos humanos, por isso exigimos maior e melhor prestação”, finaliza.