Baleia o termômetro da diminuicao da populacao bravense o rosto do desemprego na ilha
Cidade de Nova Sintra, 04 Jan (Bravanews) - Para quem visita Baleia, na costa sul da ilha Brava, fica com a sensação de estar a visitar um pequeno tesouro, mas também a mesma sensação de estar a vir do futuro.
Cidade de Nova Sintra, 04 Jan (Bravanews) - Para quem visita Baleia, na costa sul da ilha Brava, fica com a sensação de estar a visitar um pequeno tesouro, mas também a mesma sensação de estar a vir do futuro.
Pacata, silenciosa, rural, sem dúvida uma aldeia para veraneio e descanso, mas paradoxalmente abandonada, com jovens e adultos sem esperança de um futuro melhor.
Com uma população a rondar cinco dezenas de almas, sendo grande parte a caminhar ou na terceira idade, Baleia parou no tempo.
Grassa o desemprego, a cada dia perde-se a esperança, os jovens só pensam em viajar e os velhos contam os dias que lhes restam e pedem maior atenção para com a aldeia.
Candidata a “aldeia fantasma”, Baleia pode ser considerada o termômetro da ilha Brava no tocante a diminuição drástica da população e a face do desemprego que abunda na Djabraba.
Falando com um residente, adiantou que a aldeia “tem agora 51 pessoas entre crianças e adultos, sendo que a maioria dos jovens estão em situação de desemprego ou emprego precário”.
“Durante o ano passado trabalhei durante apenas 2 meses, ganhando apenas 10 mil escudos, dinheiro esse que as autoridades pensam nos aguentar durante o ano todo” desabafa.
Os poucos residentes estão sempre com a preocupação de haver emergências ou acidentes, em que será necessário transportar pessoas para hospital, pois o acesso será precário.
Contactado, o Presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares confirmou a drástica diminuição da população e avançou alguns projectos que serão executados durante o ano de 2020.
“A Baleia, infelizmente, é uma localidade com cada vez menos habitantes por causa da emigração de famílias inteiras”, alegou, acrescentando de que para a Baleia, “o investimento em mente é uma pequena praça no centro da aldeia, investimento indicado pela população após uma reunião realizada na zona”.
“É uma zona de criadores de gado e pescadores, a seca tem afetado a já débil economia local e a CMB tem respondido com emprego público na limpeza dos caminhos vicinais de acesso a Baleia, Garça e no interior de Mato Grande, duas a três vezes ao ano com duração média de 2 meses cada, em que em cada casa um membro é empregado”, concluiu.
MS