Basquetebol. Jovem base de ascendência cabo-verdiana (Ilha Brava) entra para a história da liga universitária

Ryan Andrade, 22 anos, “Rocky”, é filho de pais da ilha da Brava, Agnelo “Andy” Andrade e Madalena Andrade, e no passado dia 25 de janeiro entrou definitivamente para a história da Conferência Desportiva Universitária de Massachussets (MASCAC- Sigla em inglês), da divisão III da Liga Nacional Universitária (NCAA) ao se tornar apenas o 28º jogador da história da Universidade Estadual de Bridgewater (BSU-sigla em inglês) a atingir a marca dos 1000 pontos (pts).

Feb 16, 2018 - 11:54
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Basquetebol. Jovem base de ascendência cabo-verdiana (Ilha Brava) entra para a história da liga universitária

Ryan Andrade, 22 anos, “Rocky”, é filho de pais da ilha da Brava, Agnelo “Andy” Andrade e Madalena Andrade, e no passado dia 25 de janeiro entrou definitivamente para a história da Conferência Desportiva Universitária de Massachussets (MASCAC- Sigla em inglês), da divisão III da Liga Nacional Universitária (NCAA) ao se tornar apenas o 28º jogador da história da Universidade Estadual de Bridgewater (BSU-sigla em inglês) a atingir a marca dos 1000 pontos (pts).

Trata-se de um grande feito para o jovem base que neste momento é o 25º do referido ranking com 1046 pts e garantiu o direito a ver o seu número 30 retirado e o seu nome pendurado para sempre no teto do ginásio da BSU. Veja aqui a lista do “clube dos 1000 pontos” da referida universidade.

http://www.bsubears.com/sports/mbkb/1000_Point_MB

E “Rocky” conseguiu-o em grande estilo, mais uma vez a comandar a sua equipa numa vitória por 68 x 58 sob a Universidade Estadual de Fitchburg no passado dia 25 de janeiro. Ele precisava de 12 pts para alcançar a marca e fez 15 pts, 7 assistências (máximo da partida) e 3 ressaltos. Esta temporada ele tem sido o melhor pontuador e construtor de jogo da sua equipa com média de 17 pts e 4 assistências por partida.

“Foi um momento mágico”; diz a mãe, Madalena Andrade que o testemunhou de perto. “Desde pequeno ele tem essa paixão louca pelo basquetebol e nós sempre o encorajamos a jogar, até hoje temos uma cesta no quintal onde ele começou a dar os primeiros passos com a bola”, sublinha a mãe que diz ainda ter todas as bolas de Rocky guardadas em casa.

O pai, Agnelo Andrade, homem de negócios e um dos sócios fundadores da Cabo Verde Fast-Ferry, estava nas Ilhas a trabalho e lamenta ter perdido o momento, dizendo-se “orgulhoso” do filho.

Ao Santiago Magazine, Rocky diz-se honrado em entrar para a história da sua universidade e que tal feito é “fruto de um trabalho árduo e é bom ter o meu nome registado na história dos Bears”.

Porém, o que o jovem base quer mesmo é deixar a escola com um título da MASCAC, pois que a última vez que a BSU conseguira tal feito fora em 2010 e a última vez que conseguiram chegar à fase de qualificação para o torneio nacional da NCAA fora em 2014, poucos meses antes de Rocky ingressar no programa. O segundo objetivo está já garantido com a equipa em 2º lugar quando só faltam jogar três partidas, com um recorde de 7-2 na MASCAC e de 14-8 no geral, um dos melhores registos de sempre dos Bears.

A terminar em segundo, a Universidade de Salem no 1º lugar tem um recorde divisionário de 10-0, a equipa estará logo apurada para o torneio e ainda fica isento de jogar as primeiras eliminatórias.

Questionado sobre o futuro no basquetebol, Rocky confessa não saber ainda o que vai fazer a seguir à universidade mas que adoraria ter a oportunidade de ser profissional noss EUA ou no estrangeiro. Representar a seleção cabo-verdiana, diz, seria “uma responsabilidade e uma honra”. Este diz ter o sonho ainda de trabalhar no desenvolvimento de jovens talentos e veria com bons olhos a oportunidade de promover clinics e outras ações de formação em Cabo Verde.

O sucesso de Ryan “Rocky” Andrade não é de hoje, pois que entrou para a história da escola secundária de Mainsfield, pequena cidade nos arredores de Boston onde cresceu e liderou a equipa que conquistou o título estadual em 2014, tendo sido o MVP do torneio com médias de 17.8 pts, 6.7 assistências e 5 ressaltos por jogo. Sem contar que deixou Mansfield com uma marca de mais de 900 pts. na carreira e líder em minutos jogados numa época e na carreira como também nas assistências (168 época e 335 carreira), para além de lançamentos concretizados (160). Números e exibições que lhe garantiram uma bolsa desportiva para cursar Administração de Empresas na Bridgewater State.

Santiago magazine