BCV destaca crescimento económico de Cabo Verde
A economia nacional está a crescer quando comparada com o mesmo período do ano passado. Mas o Banco de Cabo Verde, no seu último Relatório de Política Monetária, já emite alertas.
A economia nacional está a crescer quando comparada com o mesmo período do ano passado. Mas o Banco de Cabo Verde, no seu último Relatório de Política Monetária, já emite alertas.
O Banco de Cabo Verde (BCV) assinala evolução positiva da economia nacional “ancorada num contexto externo mais favorável ao crescimento da procura turística e do investimento directo no país e numa conjuntura de contínua melhoria do clima económico e aumento da oferta de crédito”.
Baseando-se em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o Banco Central prevê que o PIB, no primeiro trimestre de 2017, tenha crescido 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado tendo por base os “desempenhos positivos da indústria transformadora, de alojamento e restauração e do comércio. Do lado da procura, o crescimento terá sido determinado, sobretudo, pelos contributos do investimento privado nos sectores dos transportes e turismo e pelo consumo privado”.
Mas nem tudo são rosas. O BCV, apesar de reconhecer que o crescimento económico se tenha “mantido até Agosto”, alerta igualmente para “alguma desaceleração, explicada por um menor contributo dos investimentos”.
Segundo o Banco de Cabo Verde, outro factor de destaque é o crescimento continuado dos preços no consumidor mantendo" a trajectória de recuperação iniciada em Janeiro, tendo a taxa de inflação média anual se fixado, em agosto, em 0,1 por cento, 1,5 pontos percentuais acima do valor registado em Dezembro de 2016”.
“A recuperação dos preços no consumidor reflecte em larga medida a tendência da inflação importada, determinada pelo aumento, ainda que com alguma volatilidade, dos preços das matérias primas energéticas e não energéticas e fortalecimento da procura interna dos principais fornecedores do país, bem como por algum efeito, no preço dos bens alimentares não transformados, do atraso na queda das chuvas na época de 2017”, explica ainda o BCV.
Quanto às contas externas, o BCV relata que estas “registaram um défice de 2.580,4 milhões de escudos (aproximadamente 23 milhões de euros) no primeiro semestre, determinado pelo significativo agravamento da balança corrente, reflexo, dada a elevada propensão marginal do país a importar, do fortalecimento da actividade económica, numa conjuntura de aumento da inflação pelos custos e dos preços no consumidor dos principais mercados fornecedores do país”.
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