Binter Vai Colocar Mais Um Avião Em Cabo Verde E Mais Pilotos
A atuação da Binter CV nas linhas regulares internas da República de Cabo Vede tem sido contestada nos últimos dias, devido à falta de lugares disponíveis nos trajetos entre as ilhas do Sal e de São Vicente. A maior contestação vem do lado da oposição política que continua a mostrar o seu desagrado com as decisões tomadas pelo atual Governo da República. A Binter Cabo Verde explica que nem tudo é como se conta. Contudo, promete tomar medidas para que possa existir maior oferta de lugares nas ligações inter-ilhas do arquipélago africano.
A atuação da Binter CV nas linhas regulares internas da República de Cabo Vede tem sido contestada nos últimos dias, devido à falta de lugares disponíveis nos trajetos entre as ilhas do Sal e de São Vicente. A maior contestação vem do lado da oposição política que continua a mostrar o seu desagrado com as decisões tomadas pelo atual Governo da República. A Binter Cabo Verde explica que nem tudo é como se conta. Contudo, promete tomar medidas para que possa existir maior oferta de lugares nas ligações inter-ilhas do arquipélago africano.
A notícia chega através da imprense do Mindelo, nomeadamente do jornal digital ‘Mindeloinsite’ que noticia que o PAICV, partido na oposição, contestou o novo regime de ligações aéreas, no qual a Binter Cabo Verde substituiu a TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde, empresa pública de aviação comercial que foi reestruturada devido à sua enorme dívida, e que deixou os voos interinsulares em benefício da recém constituída Binter Cabo Verde, uma sociedade formada pela companhia espanhola Binter Airlines e por capitais públicos cabo-verdianos.
O PAICV reage à notícia da indisponibilidade de lugares nos voos da Binter no trajeto entre as ilhas do Sal e São Vicente até o dia 13 de Agosto. Para o líder partidário Alcides Graça, “esta é uma situação de que não há memória em São Vicente e vai na contramão daquilo que o Governo prometeu a nível dos transportes, que é ligações aéreas e marítimas de forma a potenciar as capacidades económicas de cada uma das ilhas”. Por isso mesmo, esse líder político responsabiliza a companhia aérea, que não soube prever esta situação, mas também o Executivo, tendo em conta que a “Binter é uma aposta consciente do Governo de Ulisses Correia e Silva”, que é do Movimento para a Democracia (MpD), que venceu as eleições nacionais em março de 2016.
O coordenador do PAICV em S. Vicente diz que a Binter deve assumir as suas responsabilidades porque não consegue responder ao crescimento previsível da demanda nesta época alta, aumentando o número de voos de e para São Vicente. “Não é preciso ser especialista para saber que apenas um voo por dia de Sal para São Vicente, na época alta, é manifestamente insuficiente”, observa Alcides Graça.
Contactada a Binter, a companhia confirmou nesta quarta-feira, dia 11 de julho, ao ‘Newsavia’, que tem registado uma elevada taxa de reservas nessa rota, sem que contudo estejam lotados os voos, já que existem ainda muito lugares para ocupar nas ligações entre as duas ilhas e entre as datas mencionadas.
No entanto, a Binter Cabo Verde diz que não está alheia ao problema e anuncia que face às previsões de maior procura irá colocar mais um avião nas ilhas cabo-verdianas e com a chegada de novos tripulantes, presentemente a acabar cursos de formação, haverá maior disponibilidade de voos e condições para acudir a fluxos irregulares de tráfego.
O ‘Newsavia’ sabe que a Binter desde que assumiu as ligações inter-ilhas em Cabo Verde, em agosto de 2017, contava com a ‘transferência’ dos pilotos dos ATR da TACV para os aviões do mesmo modelo da companhia de matriz espanhola. As dificuldades governamentais em colocar na TACV as verbas necessárias para a negociação com os trabalhadores que viam os seus postos de trabalho extintos pela saída da companhia nacional das rotas internas, levou a um arrastar inexplicável, afastando da Binter os vários pilotos com quem, eventualmente, esta companhia estaria a contar para a sua operação nas ilhas cabo-verdianas.