Brava: 14 cozinheiras dos jardim infantis viram seus sonhos “tornarem-se realidade”

Catorze cozinheiras dos jardins infantis da ilha Brava começaram a fazer parte do quadro de funcionários públicos, com um aumento de salário e a beneficiarem do INPS.

Oct 2, 2018 - 13:21
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Brava: 14 cozinheiras dos jardim infantis viram seus sonhos “tornarem-se realidade”

Catorze cozinheiras dos jardins infantis da ilha Brava começaram a fazer parte do quadro de funcionários públicos, com um aumento de salário e a beneficiarem do INPS.

Com estas catorze funcionárias, conforme o presidente da Câmara Municipal, Francisco Tavares, aumenta para 74 o número de trabalhadores a “verem a sua situação laboral melhorada e regularizada”.

Segundo Francisco Tavares, isto foi apenas o “reconhecimento” do trabalho que este grupo de colaboradoras tem feito ao longo de todo este tempo que a autarquia tem tutelado os jardins infantis na ilha.

O edil adiantou que esta foi uma “meta estabelecida”, segundo a qual todos os funcionários da câmara municipal passariam a ser “funcionários públicos” e a beneficiarem do INPS e de todas as regalias e deveres de um funcionário público.

Francisco Tavares avançou ainda que o próximo passo será a actualização do salário, até atingir o valor do salário mínimo. O autarca sublinhou, entretanto, é preciso ir dando passos de acordo com as capacidades e meios existentes.

“Já fizemos uma melhoria em 50 por cento. Assim que houver meios, daremos um passo maior”, disse o autarca, explicando que a câmara está “tentando” acompanhar as actualizações salariais.

As funcionárias demonstraram a sua satisfação, agradecendo o gesto feito pela autarquia, visto que algumas já desempenham a função há mais de dez anos e há muito tempo aguardavam por isso.

Conforme as mesmas, o facto de estarem inscritas no INPS já é um “grande ganho”, pois, segundo afirmaram “a saúde no país está muito cara”.

Rita Pina, uma das cozinheiras, pertencente ao Jardim de Nossa Senhora do Monte, comentou que agora, após vários anos nesta profissão, começaram a se sentir reconhecidas e valorizadas pelo que fazem.

De acordo com a mesma fonte, cozinhar no jardim “não é somente colocar a comida pronta”, sendo que muitas vezes a profissão obriga-lhes a serem “mães”.

Antes deste grupo de colaboradoras, a câmara já tinha dado este passo com “todas as monitoras dos jardins, jardineiros, coveiros, guardas municipais, ajudantes de camiões”, ficando agora “somente” as varredeiras da ilha para serem contempladas com esta melhoria e actualização salarial.

Conforme o autarca, este é um trabalho que está previsto para “dar os seus frutos” em 2019, visto que são quase 50 funcionárias e com o aumento das ruas, provavelmente, haverá um aumento de recrutar mais trabalhadores também.

“Isto ainda vai depender de algumas variáveis, como o aumento da economia cabo-verdiana, e o seu reflexo no fundo de financiamento municipal. Se houver um aumento considerável, a câmara estará em condições de fazer este alargamento às outras funcionárias”, garantiu Francisco Tavares.

Inforpress