Brava: A falta de meios de comunicação e de actividades de lazer estão levando os jovens para os “maus caminhos”
A presidente da associação da localidade de Lomba, Jaqueline Barros, considerou hoje, que a falta de meios de comunicação e de actividades de lazer estão a fazer com que os jovens se enveredam para os maus caminhos.
A presidente da associação da localidade de Lomba, Jaqueline Barros, considerou hoje, que a falta de meios de comunicação e de actividades de lazer estão a fazer com que os jovens se enveredam para os maus caminhos.
A dirigente falava à Inforpress após uma actividade realizada nesta localidade pela Comissão Regional de Parceiros da Brava, que escolheu esta localidade, justamente para apelar para que seja “mais atenta” e tentar ajudar os jovens a se livrarem dos vícios da droga, alcoolismo, e os demais existentes na localidade.
Lomba é uma localidade piscatória e é uma zona muito quente e nesta época está muito seca. Daí, Jaqueline Barros adiantou que os jovens vão para o mar logo cedo e ao regressarem, não têm nada para fazer e as meninas, as que não frequentam as aulas passam o dia inteiro de um lado para o outro, porque não há nada de útil nem de diferente, até porque, comentou também que nesta localidade existe muito abandono escolar.
Segundo a porta-voz, a televisão pública não funciona, muito menos a rádio pública. Os únicos canais que funcionam são os da antena parabólica, mas mesmo a rede móvel e a da internet funcionam de forma precária.
Não obstante isso, a zona não dispõe de nenhuma placa desportiva e nenhuma outra actividade de lazer.
“Os jovens estão livres, não têm nada para ocupar a mente, para lhes chamar à razão e é por isso que deparámos com esta situação que já lá vão anos e a cada dia só piora”, lamentou Barros.
A animadora social da CRP, Ana Baptista, salientou que ao longo dos quatro anos de funcionamento da CRP, depararam-se com os problemas enfrentados por esta localidade e no dia em que se comemora o Dia da Mulher Cabo-verdiana, não poderiam deixar esta data passar em branco.
Assim, reuniram toda a comunidade para transmitirem algumas informações que não são novidades, mas que às vezes é necessário serem repetidas, para ver se algo muda e pretendem continuar a fazer isso sempre.
Além de uma peça de teatro retratando a VBG, uma técnica da saúde esteve durante a tarde numa conversa aberta com os moradores desta zona, sobre o VIH/Sida que devido aos males sociais a comunidade fica vulnerável, tendo também debruçado sobre outras doenças sexualmente transmissíveis e esclareceu as dúvidas e questões colocadas pelo público.
MC/ZS
Inforpress/Fim