Brava: Alguns professores dizem-se perseguidos por causa de opções políticas
Cidade de Nova Sintra, 26 Jul (Bravanews) - Alguns professores que exercem sua actividade na ilha Brava dizem-se perseguidos por causa das suas opções políticas.
Cidade de Nova Sintra, 26 Jul (Bravanews) - Alguns professores que exercem sua actividade na ilha Brava dizem-se perseguidos por causa das suas opções políticas.
Em 2016 assistiu na ilha, logo após as eleições legislativas, despedimentos, transferências, substituições, tudo, segundo os responsáveis, em nome do supremo interesse local e nacional, conveniência de serviço e confiança política.
Mas uns que trabalhavam na Cidade de Nova Sintra e foram deslocados para outras localidades distantes das suas residências, não entenderam estas justificações e alegam ser apenas por motivações políticas.
A professora Joana Pereira (nome fictício) e o professor Pedro Cardoso (nome fictício), funcionários a mais de 15 anos, disseram surpreendidos com a decisão de transferência para longe das suas residências.
Para além disso, outros professores avançam de que sao alvo de ameaça de processos disciplinares e até de processos sem fundamento e sem direito a defesa, “por tudo e por nada”.
Impera “a lei da rolha” e quem não for favor será sempre considerado contra, numa postura de “querer, poder e mandar”, sem ouvir ninguém, numa gestão ao belo prazer de alguns, com decisões tomadas em gabinetes, nunca considerando os que “por lá passaram”.
Um professor, que recomendou anonimato, contou que desde que os novos gestores assumiram a educação, passaram a perseguir professores e humilhar funcionários que nao os seguem politicamente.
A prioridade não é educação dos alunos e sim “politicagem” realizada por líderes autoritários e despreparados.
“Fui constrangida a ponto de chorar. Foi uma verdadeira tortura psicológica para ceder à pressão, e sem direito a palavra para me defender”, desabafou uma educadora.
De acordo com um professor que preferiu não se identificar para não sofrer represália, as ordens são impostas e se vive uma falsa democracia com professores ameaçados constantemente e por isso estão desesperados temendo serem demitidos a qualquer momento.
“Há uma incoerência muito grande ao que prega o Primeiro Ministro que promete em seus discursos governar para todos independentemente de lado partidário, porém quem está a frente de um cargo se julga dono do poder”, concluiu o professor.
Tentamos ouvir o Delegado do Ministério da Educação, mas o mesmo se encontra de férias pelo que Bravanews está aberto a ouvir a versão do mesmo ou de algum representante seu.
MS