Brava: Alunos da EBNSM participam num laboratório de fotografias

Os alunos da Escola Básica de Nossa Senhora do Monte (EBNSM) receberam, na tarde de terça-feira, o fotógrafo Hamadi Ananou, que ministrou uma oficina sobre o laboratório de fotografias, no âmbito do projecto Sete Sóis Sete Luas.

Mar 21, 2019 - 03:48
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Brava: Alunos da EBNSM participam num laboratório de fotografias

Os alunos da Escola Básica de Nossa Senhora do Monte (EBNSM) receberam, na tarde de terça-feira, o fotógrafo Hamadi Ananou, que ministrou uma oficina sobre o laboratório de fotografias, no âmbito do projecto Sete Sóis Sete Luas.

Com este laboratório de fotografias, o fotógrafo espanhol explicou que tentou ensinar os alunos a transmitir o amor que possuem pela ilha, transmitir com amor o que sabem fazer, através da fotografia.

Porque, segundo a mesma fonte, hoje em dia, as pessoas estão lendo cada vez mais pouco e vendo mais. Então, para Hamadi Ananou, é necessário que as pessoas “aprendam a retratar certas situações através da fotografia, aproveitando as novas tecnologias”.

O fotógrafo, descreveu toda a sua vida para estes alunos através de fotografias e, segundo o mesmo, o desejo que tem é que algum dia, não somente os alunos da Escola Básica de Nossa Senhora do Monte, mas outros que já tiveram oportunidade de assistirem este laboratório, ou terão mais adiante, aproveitem desta experiência, se apaixonem realmente por isso e possam contar também a história da sua vida, sua aldeia, ilha, ou país através das fotos, pois, considera que isso é “mais interessante” do que escrever um texto.

Para Hamadi, a população da ilha Brava, mais do que ninguém, pode e deve promover a ilha, através da fotografia, que é uma linguagem do coração e do sentimento.

Neste sentido, o fotógrafo pede ao povo bravense e a todo o cabo-verdiano, que não pensem que o local onde estão vivendo é o pior local do mundo, porque sempre existem outros lugares onde as pessoas passam pelas mesmas situações ou até por coisas mais piores.

Daí, ele adiantou que Cabo Verde possui muitas possibilidades e para isto, tem duas opções, que é “vender Cabo Verde ao mundo gastando milhões de dólares numa publicidade bestial, ou pode cada um dos cabo-verdianos mostrar o país ao mundo através das fotos”.

E para ele, a segunda opção é a mais autêntica para o país, pois será feita com o coração, sentimento, transmitirá a realidade e na publicidade sempre é feita com algum exagero e as pessoas não são tontas.

“Por isso, é necessário investir no país, começando por melhorar a qualidade de vida das pessoas, fazendo com que os jovens não tenham a necessidade de saírem daqui, pois eles são o motor de desenvolvimento, mas, para isso, tem de haver muito investimento apostando na melhoria da qualidade de vida”, finalizou Hamadi.

MC/ZS

Inforpress/Fim