Brava: Aprovados orçamento e plano de actividades da câmara com divergência entre as duas bancadas
O orçamento e o plano de actividades para o ano 2020 da Câmara Municipal da Brava foram aprovados na sessão ordinária da Assembleia Municipal com oito votos a favor, do MpD, e quatro contra, do PAICV.
O orçamento e o plano de actividades para o ano 2020 da Câmara Municipal da Brava foram aprovados na sessão ordinária da Assembleia Municipal com oito votos a favor, do MpD, e quatro contra, do PAICV.
O Movimento para a Democracia (MpD, no poder) votou a favor, conforme o líder da bancada José João Delgado, por serem instrumentos “essenciais” para o ano 2020 e para a câmara municipal.
Segundo o mesmo, a bancada entendeu que as actividades como o orçamento vão ao encontro dos anseios da população no combate às suas preocupações e também permitem a equipa camarária atingir os seus objectivos que é de “elevar” o nível de vida das pessoas e fazer com que o município se torne “mais infra-estruturado” e corresponder aos anseios, tanto da população local, como dos visitam a ilha
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) votou contra, porque, conforme explicou o líder Jorge Reverdes, o orçamento ficou “totalmente dependente” do Governo e de um empréstimo bancário, o que vai totalizar cerca de 115 milhões de escudos.
E a sua bancada optou por ir “contra um orçamento de dependência”.
Sobre a abstenção quanto ao plano de actividades, este adiantou que o plano repete as mesmas actividades e a visão e missão da câmara não lhes convence.
Perante os dados apresentado no documento, o líder da bancada afirmou que os apoios que às vezes são direccionados ou canalizados à população “tem sido feito de uma forma estratégica, mais para um lado da população da mesma cor partidária”.
O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, por seu lado, fez um “balanço positivo” da sessão, embora tenha comentado que se poderia ir mais além, esperando que no último ano do mandato haveria o “aval positivo” da bancada da oposição, mas tal não aconteceu.
Segundo o edil, o PAICV votou contra o orçamento, houve abstenção no plano de actividades, o que demonstra “uma certa incoerência”, já que o orçamento é a tradução do plano de actividade.
Salientou ainda que no plano e no orçamento a autarquia apresenta o caso da melhoria da situação laboral de cerca de 60 colaboradores na área do saneamento, arruamentos diversos em quase todas as localidades da ilha, intervenções a nível do desporto.
Além de, intervenções que irão “directamente” ao encontro da necessidade da criação de emprego público face ao terceiro ano de mau ano agrícola, mas comentou que mesmo assim, a bancada da oposição votou contra.
A mesma fonte adiantou que a câmara já tem “quase” a garantia do financiamento de grande parte dessas actividades e projectos de investimentos, através do aumento do fundo de financiamento municipal, via fundos do Ambiente, do Turismo, Rodoviário, o e da Solidariedade Social, e os recursos locais.
O plano, enfatizou, realça um “reforço” da descentralização e da procura de parcerias com os municípios irmanados com a câmara da Brava em Portugal e nos Estados Unidos e de outros grupos, como a Fundação José Andrade, o Projecto Helath CV, os médicos das St. Paul Medical Center e a Help Hospital of Brava.
O ano 2020, conforme Francisco Tavares, será o ano das eleições, mas também de “muito trabalho”, elencando as obras da estrada Nova Sintra a Nossa Senhora do Monte, reabilitação das principais vias do Centro Histórico de Nova Sintra, musealização da Casa Museu Eugénio Tavares e de intervenções na área da dessalinização da água, na Furna, com obras em andamento, e o de Esparadinha, projecto já se encontra na sua fase final.
A Assembleia Municipal da Brava reuniu-se na sua terceira sessão ordinária neste sábado, 16, no salão da câmara municipal.
MC/AA
Inforpress/Fim