Brava: Assembleia Municipal aprova orçamento de 377 mil contos para 2024
A Assembleia Municipal da Brava aprovou esta sexta-feira o orçamento municipal e o plano de actividades para 2024, no valor de 377 mil contos, com votos favoráveis da bancada do MpD e contra do PAICV.
Ao justificar o voto favorável da bancada do Movimento para a Democracia (MpD, no poder), António Gomes sublinhou que quem quer ver a ilha Brava no bom caminho, não tem como não aprovar o orçamento de 2024.
“Pelo o que eu estou a ver, este orçamento vai ser mais um ganho e conquista para o concelho neste ano que está em curso” salientou.
Conforme assegurou a mesma fonte, a edilidade vai continuar a trabalhar para ajudar a população, em termos de construção, desporto e desenvolvimento do concelho.
Por seu lado, o líder da bancada municipal do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), João Coelho, disse que a sua bancada votou contra em todos os planos orçamentais, isso porque, o plano não está a traduzir aquilo que é a expressão dos bravenses.
“O plano que foi apresentado, está muito apegado a construções cosméticas e os sectores que achávamos que acabariam por levantar este município não foram colocados no plano e nem foram levados em consideração. É um orçamento dependente apenas dos interesses da bancada do MpD, que ainda tem em planos fazer um empréstimo, que consideramos ser exagerado, uma vez que o valor está três vezes acima do Fundo de Financiamento Municipal, e isso é mais uma manobra para conseguir votos nas eleições”, disse.
João Coelho considerou ainda que o orçamento municipal está com princípio “danoso”, isso porque a câmara não está a fazer o desconto coercivo do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), e isso, está pondo em perigo a segurança dos funcionários.
“A câmara para fazer um pagamento e repor a legalidade teve que recorrer a empréstimo e isso é muito grave. Nós não queremos que isso aconteça com os funcionários que se levantam todos os dias para trabalhar “, sublinhou.
Já o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, fez uma avaliação positiva desta sessão, sublinhando que é um orçamento “ambicioso” que tem um leque de projectos na área do desporto e educação.
“É um orçamento de forte pendor social e também prevemos uma intervenção significativa, principalmente no programa cada casa uma casa de banho e um tecto seguro, mas também, na área de melhor equipar a câmara municipal em melhor servir os seus munícipes”, ressaltou.
Em termos de investimento, o mesmo considerou ser um leque de projectos muito grande, o que implica um empréstimo bancário no valor de 50 mil contos.
“O valor está dentro do limite da capacidade do endividamento da câmara municipal, desde o orçamento do ano passado e ainda vamos contar com um fundo de financiamento na ordem dos 900 contos mensais, o que permite cobrir os encargos bancários e ainda implementar a subida do salário mínimo de 15 mil escudos”, frisou.
Francisco Tavares considerou ser um orçamento muito “viável” neste ano de eleição, o que implica que a equipa camarária fique fora do executivo da câmara municipal, por pelo menos dois meses, um mês antes e um mês depois da tomada de posse.
“Vamos fazer de tudo para que as obras que estão no plano fiquem devidamente planeadas para a equipa de gestão que ficar no cargo e que o projecto seja materializado”, finalizou.