Brava: Associação Biflores pretende lançar artigo científico sobre as plantas endémicas da ilha até Dezembro
A associação ambiental Biflores pretende fazer o a publicação, ainda este ano, de um artigo científico sobre as plantas endémicas existentes na ilha Brava, em parceria com a Fauna e Flora Internacional.
A associação ambiental Biflores pretende fazer o a publicação, ainda este ano, de um artigo científico sobre as plantas endémicas existentes na ilha Brava, em parceria com a Fauna e Flora Internacional.
O anúncio foi feito à Inforpress por Ivanildo Correia, membro da associação, explicando que este artigo vem complementar o inventário do levantamento das plantas endémicas da ilha, onde foram encontradas três espécies, incluindo o Dragoeiro (Dracaena Draco), Marmulano (Sideroxylon Marginata) e Tamareira (Phoenix Atlântica).
Este artigo inclui informações sobre estas três plantas que foram inventariados como levantamento cartográfico entre outros aspectos necessários.
Segundo o porta-voz da associação este é o primeiro artigo científico que está sendo realizado nesta área, na Brava e em Cabo Verde.
E, adiantou que conforme, as informações que tem recebido da Fauna e Flora Internacional, este artigo pode ficar concluído ainda no final deste ano, prestes a ser publicado nas plataformas digitais internacionais.
O objectivo do artigo, para Ivanilson Correia, é “fazer a divulgação máxima” das três plantas endémicas e “incentivar” as outras entidades a fazerem o mesmo nas outras ilhas, onde ainda não possuem um registo ou artigos sobre estas plantas.
Com este artigo, Ivanilson Correia defende que passa a ter uma melhor regulação ambiental na ilha, pois, para o mesmo, “quando existe algo que é reconhecido internacionalmente as pessoas têm a tendência de dar mais valor”.
Salientou ainda que quando estavam a realizar o inventário, muitos não possuíam conhecimentos da existência destas plantas e principalmente da sua importância, pois, acrescentou, “a ilha é a única que não possui uma área protegida”.
Questionado sobre o porquê de a ilha não possuir esta tal área, o responsável disse que na época em que o Governo estava criando estas áreas, “alegaram que havia dificuldades de transporte e que a ilha encontrava-se degradada”.
De acordo com Ivanilson Correia “é neste sentido que a associação está a trabalhar e lutar para que a ilha tenha uma preservação ambiental e, quiçá, ter uma área protegida das três plantas endémicas”.
O inventário foi feito em oitos e as dificuldades foram várias, elencando a dificuldade em identificar o Marmulano (Sideroxylon Marginata), que, segundo o mesmo, hoje em dia encontra-se somente em locais de difícil acesso e só foi possível identificá-lo através de equipamentos para tal e através da orientação geográfica.
Adiantou além que houve dificuldades no levantamento e identificação da Tamareira, uma vez que existem duas variedades.
Neste momento, a associação está a trabalhar juntamente com uma congénere francesa, com o propósito de fazer um estudo biológico para diferenciar o tipo de tamareira existente na ilha. Se é a (Phoenix dactylifera) ou Tamareira (Phoenix Atlântica).
Ao populares pede-lhes que se juntem a este projecto, que adoptem cada um uma planta endémica, como forma de manter a ilha e o seu património endémico protegido e preservado.
A Associação Biflores foi criada em 2016, com a missão de promover e sensibilizar a sociedade para questões ambientais; preservação da Biodiversidade e a promoção do voluntariado nas diferentes vertentes ambientais.
MCJMB
Inforpress/fim