Brava: Autarca considera PAICV sem preparo para gerir a câmara municipal
O presidente da Câmara Municipal da Brava considera que a Comissão Política Regional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) não está preparada para “sequer” entender de gestão económico-financeira do município e nem gerir a autarquia.
Francisco Tavares reagia às acusações feitas, no dia 18 de Janeiro, pelo PAICV (oposição), em declarações à Inforpress, onde acusam a autarquia de uma gestão “danosa” e de pretender estender o empréstimo do município.
Segundo o edil, a oposição podia ter todos os esclarecimentos antes de irem denunciar “falsidades” na imprensa. “Com estas acusações falsas, o PAICV está a mostrar que não estão minimamente preparados para gerir a Câmara Municipal da Brava”, salientou.
Conforme explicou, estes empréstimos são feitos todos com base no estudo que mostra que a edilidade tem capacidade de assumir a suas responsabilidades de funcionamento e de pagar os seus credores, que, segundo o mesmo, é o que diz o mapa do endividamento municipal, desde o ano de 2023.
“O mapa do endividamento municipal do ano anterior relata que a Câmara Municipal da Brava tinha ainda uma margem de quase 53 mil contos, para fazerem empréstimo no ano anterior. Considerando que em 2024 o Fundo de Financiamento Municipal vai aumentar em quase 950 contos mensais e isso demonstra que a autarquia tem tranquilidade de assumir um endividamento de mais 50 mil contos, para investimento em novos projectos “, ressaltou o autarca.
Francisco Tavares realçou que a câmara municipal apresentou 12 novos projectos e entre outros já existentes, para aprovação da assembleia municipal, que, no entanto, segundo o mesmo o PAICV, não aprovou nenhum e votou contra todas as propostas na unanimidade.
“Eles são contra as intervenções nos polivalentes, aquisição de terreno para campo de futebol, contra o empréstimo para obras do auditório municipal e financiamento de algumas actividades geradoras de rendimento, entre outros projectos”, afirmou.
Este responsável considerou que esta atitude de votar contra, faz parte da opção política do PAICV, salientando que a população bravense está atenta para, no tempo certo, dar uma resposta à altura.
Neste sentido salientou que cabe à autarquia e com base nos documentos credíveis mostrar que tem toda a possibilidade de fazer um empréstimo e continuar a honrar os seus compromissos.
“Quem não está preparado para, pelo menos, entender esta gestão não deve nem mesmo candidatar-se, tendo em conta que não estão preparados para gerir um município como a ilha Brava”, frisou, assegurando que são “totalmente falsas” todas as acusações da oposição.