Brava: Autarca faz “balanço positivo” dos oito anos da Vila de Nossa Senhora do Monte reconhecendo que não se encontra no patamar desejado
presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, fez hoje um “balanço positivo” dos oito anos da elevação de Nossa Senhora do Monte à categoria de vila, embora tenha reconhecido que ainda não se encontra no patamar desejado.
O autarca fez estas declarações em entrevista à Inforpress, aquando da celebração do 8º aniversário da elevação de Nossa Senhora do Monte à categoria de Vila, assinalada esta terça-feira, 15 de Agosto.
“Na verdade, o desenvolvimento de Nossa Senhora do Monte ainda não se encontra num nível que é o desejo da equipa camarária desde que foi elevada à categoria de Vila”, disse Francisco Tavares, realçando que mesmo assim, a vila conheceu vários investimentos camarários e alguns governamentais.
Destes investimentos, elencou a melhoria de muitos arruamentos, nomeadamente, o de Achada Candinha, Laranjeira, Tomé Barraz, Chã de Sousa, entre outros, mas também evidenciou que foi feito “um grande investimento” na parte da reabilitação e requalificação do polivalente local e todos os seus compartimentos adjacentes e a edificação de uma pequena praça à frente deste polivalente.
Igualmente, o presidente da câmara da Brava indicou algumas intervenções no âmbito da reabilitação e requalificação de várias habitações, mas também a construção de casas de banhos para diversas famílias.
Nestes oito anos, Francisco Tavares considerou que houve uma melhoria na dinâmica económica desta vila, nomeadamente, com privados investindo mais nos seus negócios, destacando dois grandes comerciantes da freguesia, mas também o surgimento de lanchonetes e restaurantes na vila.
O autarca ressaltou o facto da Escola Central da vila passar a ser um Complexo e agora com turmas até ao 8º ano de escolaridade e também algumas melhorias nesta escola, reforçando que já existe um grande projecto para a sua requalificação total desta escola que vai “dignificar melhor a Vila”.
Quanto ao processo de desenvolvimento da vila e de resposta à algumas das reivindicações dos moradores, como é o caso de caixa ATM e de outros serviços descentralizados, sublinhou que apesar da câmara ter feito os contactos necessários para ver se alguma das instituições bancárias colocaria uma caixa Vinti4 na localidade, até agora não foi possível, mesmo com todas as facilidades de espaço e guarda.
Conforme enfatizou Francisco Tavares, existem aspectos que ultrapassam a autarquia, onde além da reivindicação de uma caixa ATM, indicou a reivindicação da necessidade de ter uma presença policial maior, mais efectiva e com mais tempo na vila, a solicitação de agências de prestação de serviços de algumas entidades, nomeadamente da CVTelecom, Águabrava, Correios, Electra, sugerindo que para estes serviços, uma iniciativa privada seria uma boa opção.
Segundo a mesma fonte, uma iniciativa privada poderia montar um escritório de prestação de serviços e unir os serviços básicos principais, uma vez que estas empresas alegam que pelo volume de negócios e movimento não justifica terem estes serviços na Vila de Nossa Senhora do Monte.
Francisco Tavares elencou ainda algumas reivindicações que tem recebido da população desta Vila, nomeadamente um campo de futebol relvado e uma placa desportiva na localidade de Palhal, uma Casa de Dia para Idosos, reivindicações estas que considera como sendo justas.
Quanto ao campo de futebol relvado, informou que ainda não há financiamento garantido, mas para a placa desportiva de Palhal, avançou que dentro de um empréstimo bancário, vai sair o montante para a sua construção.
“Um balanço positivo, mas que ainda não satisfaz totalmente aquilo que é a ambição da câmara municipal”, finalizou o autarca.