Brava: Autarquia reúne-se com emigrantes em férias em momento de confraternização
A equipa camarária bravense reuniu-se com os emigrantes que se encontram de férias na ilha, como uma forma de demonstrar “apreço” pelo papel que têm desempenhado na economia local.
A equipa camarária bravense reuniu-se com os emigrantes que se encontram de férias na ilha, como uma forma de demonstrar “apreço” pelo papel que têm desempenhado na economia local.
O encontro ocorreu na localidade de Fajã D´Água, numa actividade que já vem sendo realizada há vários anos e que normalmente conclui a programação das festividades do município e do Santo Padroeiro, celebrados a 24 de Junho.
Segundo o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, este houve, em relação ao ano anterior, uma “maior participação” de emigrantes no encontro, um sinal de que “a mensagem está a passar de ano em ano”.
Além de ser um momento de convívio e de confraternização, o autarca realçou também que se trata de um momento em que a câmara municipal demonstra o seu “apreço e agradecimento” pelo papel que os emigrantes da ilha Brava possuem na economia local, e ainda chamar a atenção para o papel que podem desempenhar no futuro.
Segundo a mesma fonte, de uns anos para cá tem sido visíveis os investimentos dos emigrantes na ilha.
“Mais emigrantes estão a retornar e a cuidar das propriedades dos seus pais, criando emprego não limitando a investirem somente nos familiares que ficaram, mas a outras pessoas, o que tem dado força e alento a sociedade bravense aqui residente”, disse Francisco Tavares.
No seio dos emigrantes que participaram a avaliação foi unânime, tratou-se de um encontro que permitiu a socialização de vários projectos, de conhecerem novas pessoas e de se inteirarem melhor das visões de cada um.
João Maria dos Santos, emigrante nos Estados Unidos da América há mais de 30, por exemplo, contou que nasceu na Brava, prestou o serviço militar, foi policial durante 15 anos, mas que nos anos 80 emigrou para os EUA, a procura de melhores condições de vida.
Fixou ali residência, visitou vários outros países, mas todos os anos visita a ilha Brava e precisamente nesta época festiva, não só pelas festas, mas por ser a altura em que tem “maior probabilidade” de reencontrar outros emigrantes que seguiram outros rumos.
Questionado sobre o balanço que faz do nível de desenvolvimento da ilha, o emigrante salientou que é preciso entender que quem está a dirigir a ilha não consegue fazer tudo de uma vez, que é necessário dar tempo ao tempo, para que os resultados sejam visíveis.
Maria Alice de Barros, emigrante desde 1973 em Portugal, por seu lado, não se considera emigrante, uma vez que, referiu, foi estudar e as circunstâncias da vida fizeram com que ficasse naquele país europeu, mas sempre que encontra uma oportunidade volta a ilha Brava, para estar perto das suas gentes, apesar de não o fazer com frequência, a semelhança de outros que participaram no encontro.