Brava: Autoridades iniciam distribuição de água a localidades distantes num acordo tripartido
A Câmara Municipal da Brava, a Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) e a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente iniciaram o processo de distribuição de água auto-transportada para minimizar a “penúria de água” nas zonas mais distantes.
A Câmara Municipal da Brava, a Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) e a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente iniciaram o processo de distribuição de água auto-transportada para minimizar a “penúria de água” nas zonas mais distantes.
Esta informação foi dada à Inforpress pelo presidente da Câmara Municipal, Francisco Tavares, que explicou que o acordo envolve três instituições, com o objectivo de abastecer as localidades situadas na extremidade da rede e que têm sofrido mais com a escassez de água que se está a vivenciar na Brava.
Segundo a mesma fonte, esta crise é fruto dos três anos de seca e a diminuição do caudal de água na nascente de Encontro.
As localidades mais afectas são as de Cachaço, Mato Grande, Garça e Baleia.
A autarquia informou a Águabrava vai abastecer no MAA na localidade de Palhal para posteriormente encher os reservatórios mais próximos das localidades com falta de água.
Assim, reforçou que a água tem de percorrer somente do reservatório na própria localidade até às casas das pessoas.
Além do acordo para auto-transporte de água para o consumo humano, informou que foi celebrado um outro acordo para que na sequência da mitigação do mau ano agrícola, ter água para o consumo animal.
Nesta parte, serão abrangidas as zonas de Cachaço, Campo Baixo, Mato Grande, zonas de Mato Riba, que segundo a mesma fonte, são as localidades com maior concentração de animais.
O autarca explicou que o transporte será feito duas vezes por semana e que autarquia vai custear o salário do condutor e o combustível, a Águabrava disponibiliza o camião cisterna com a capacidade de 11 toneladas para o transporte, enquanto o MAA disponibiliza a água
Este acordo tripartido, segundo o edil, vai “minimizar a penúria de água tanto para o consumo humano, como para o consumo animal”, mas lembrou que “nunca é demais dizer que se está a passar por uma crise hídrica grave e apelar à população ao uso muito racional da água em todos os sectores”.
Informou que a ilha já possui um projecto do Governo de Cabo Verde a ser financiado pela Cooperação Luxemburguesa, que vai solucionar de vez o problema de água na ilha.
Entretanto, salientou que é um projecto que só vai funcionar no segundo semestre de 2021, caso não houver atrasos e que até este período a “única solução” é ficar esperançoso quanto às chuvas e apelar à utilização muito racional da água para ultrapassar este desafio.