Brava: Beneficiários do Projecto I da rede local de emprego e empregabilidade convictos dos benefícios do projecto
Os beneficiários do projecto I, da rede de emprego e empregabilidade da Brava, que visa a transformação, conservação e comercialização do pescado, dizem estar convictos de que o projecto vai mudar as suas vidas.
Os beneficiários do projecto I, da rede de emprego e empregabilidade da Brava, que visa a transformação, conservação e comercialização do pescado, dizem estar convictos de que o projecto vai mudar as suas vidas.
Esta informação foi avançada à Inforpress pelos beneficiários, numa altura em que já iniciaram a fase de produção e que, uma semana após a apresentação e degustação dos produtos, já contam com várias encomendas, o que os leva a acreditar que vão ter mercado e os produtos não vão ser comercializados somente na Brava ou no País, já pensando além-fronteiras.
O projecto que já tem alguns anos em andamento, tendo iniciado com formações em 2019, tem 17 beneficiários, sendo dois homens e 15 mulheres, jovens das três comunidades piscatórias da Brava, nomeadamente Furna, Fajã d´Agua e Lomba Tantum, onde a unidade de transformação fica situada.
Carla Baptista, uma das beneficiárias, enalteceu a importância do projecto e realçou que, graças a isso, esses 17 jovens vão ter a oportunidade de ter um emprego e produzir produtos de qualidade para serem colocados no mercado, o que lhes vai garantir o sustento para as suas famílias.
Além disso, destacou que fazer parte de projecto foi uma forma de os beneficiários se empoderarem a todos os níveis, recordando que foram várias acções de capacitação e formação que receberam até chegarem a esta fase.
Na quinta-feira passada, 06 de Abril, apresentaram ao público, entidades bravenses, casas comerciais, unidades hoteleiras e de restauração os produtos por eles confeccionados e, desde então, a beneficiária avançou que já receberam a solicitação de várias encomendas o que está a alimentar cada vez mais a convicção dos formandos no sucesso do projecto.
Cíntia Cardoso é outra beneficiária do projecto, que está satisfeita com a forma como as coisas estão a decorrer, num projecto que vai demonstrar a garra das mulheres, tendo em conta que são a maioria.
Questionada sobre que produtos vão oferecer ao mercado, Cíntia Cardoso indicou o hambúrguer, a salsicha, o salame, croquetes, peixe fumado, peixe escalado, entre outros.
Por seu turno, Mário Soares, coordenador da rede local de emprego e empregabilidade da Brava, destacou que neste momento a sensação é de “gratidão” principalmente para os beneficiários que já conseguiram chegar à fase da produção e garantir um sustento para os beneficiários.
Segundo este responsável o projecto já conta com alguns anos em implementação, pois iniciou em 2019 com a integração de várias instituições que financiaram o projecto, nomeadamente, a cooperação luxemburguesa através do programa CVE/081, o Governo de Cabo Verde, a Câmara Municipal da Brava, mas também todos os membros da rede local da Brava e o gestor do projecto, que fizeram o possível para ter essa unidade de transformação em Lomba Tatum.
O mesmo disse estar convicto de que no futuro próximo será possível expandir a produção e informou que já estão a preparar rótulos e embalagens para colocar o produto no mercado com um aspecto “diferente” e para estar em pé de igualdade com os demais produtos transformados a partir do pescado.
Mário Soares anunciou que estão à procura de mais financiadores para trabalhar na consolidação e aceitação a nível nacional e quiçá a nível internacional, reforçando que a rede vai continuar engajada neste projecto, e em outros, e trabalhar para combater a taxa de desemprego existente a nível do município.
Walter Silva, técnico do Instituto do Mar (IMAR) e formador no projecto, realçou que o projecto vai “alavancar e dar mais poderes às mulheres beneficiárias”, evidenciando que as mesmas estão a apresentar “muita garra” e a trabalhar arduamente para obter os resultados traçados.
Vê neste projecto uma “oportunidade”, porque é um produto novo na região Fogo e Brava e acredita que na degustação feita, o produto teve grande aceitação no mercado, tendo em conta o feedback recebido, o que mostra que é um produto que vai ter aceitação no mercado.
A Rede Emprego e Empregabilidade da ilha Brava foi oficializada pela assembleia municipal da ilha em Janeiro de 2019, apoiada pela Cooperação Luxemburguesa, através do Programa Emprego e Empregabilidade CVE/081.