Brava: Beneficiários do Projecto I da rede local de emprego e empregabilidade iniciam fase de reciclagem que antecede produção
Os beneficiários do projecto I da rede de emprego e empregabilidade da Brava, que visa a transformação, conservação e comercialização do pescado, iniciaram hoje a fase da reciclagem para, de seguida, iniciar o processo de produção.
Os beneficiários do projecto I da rede de emprego e empregabilidade da Brava, que visa a transformação, conservação e comercialização do pescado, iniciaram hoje a fase da reciclagem para, de seguida, iniciar o processo de produção.
Em declarações à Inforpress, João José Delgado, gestor do projecto I informou que este grupo de 17 jovens beneficiários, que já criaram uma cooperativa, já se encontra na recta final das formações iniciadas em 2019 e já em meados do mês de Abril estarão aptos para iniciar a produção.
João José falava à margem de uma formação em “reciclagem” que está a ser ministrado a esses beneficiários, realçando que estão a trabalhar, também nesta fase, no sentido de transformar a cooperativa numa semi-empresa, justificando que dessa forma o rendimento vai ser totalmente diferente.
Segundo a mesma fonte, já foram eleitos os membros dos órgãos da cooperativa e que estão a ganhar conhecimentos também na área de secretariado administrativo, tendo em conta que é um processo que envolve dinheiro e procura de financiamentos, para que possam ter conhecimento dos procedimentos necessários e legais para a compra de materiais e venda de produtos para depois apresentarem os resultados no financiador como justificativa.
Após esta fase de reciclagem com o término agendado para sexta-feira, 17, pretende-se dar início à própria produção em meados de Abril com a chegada de outro técnico que vai orientá-los nos primeiros dias.
Segundo a mesma fonte, este projecto e a cooperativa vão criar uma nova dinâmica não só nos beneficiários, mas também na valorização dos produtos do mar que há na Brava e algumas vezes em excedentes, mas que não tem tido um aproveitamento adequado.
Sendo assim, salientou que a ilha passa a ter produtos locais para oferecer produtos aos visitantes, mas que também nas épocas onde não é possível sair para a faina por motivos diversos e da natureza, haverá sempre produtos no mercado.
Ou seja, reforçou que este projecto vai trazer “uma reviravolta no sector da pesca na ilha”.
Quanto à matéria-prima, sublinhou que vão criar uma cadeia entre a cooperativa, peixeiras e pescadores, no sentido de fornecer a matéria prima a um preço acessível para que também os produtos possam ser comercializados a um preço razoável.
Por seu turno, Helena Baptista, presidente da cooperativa reconheceu que os benefícios do projecto são vários, elencando a criação de empregos, a valorização dos produtos locais e mais oportunidades para os jovens.
Neste sentido, avançou que vão trabalhar dentro daquilo que aprenderam na formação e com vista à expansão do negócio que não querem que seja restrito somente ao mercado da Brava.
É um projecto que formou 17 jovens, mas esta dirigente realçou que estão abertos para receberem novos jovens que queiram participar do projecto, onde pretendem fazer hambúrguer, linguiça, rolinho, peixe seco, salame, peixe fumado, entre outros, a partir do peixe.
Inforpress
“Estamos firmes e vamos trabalhar juntos para alcançar o objectivo que é ter rendimento para garantirmos o salário, mas também oferecer aos clientes um produto de qualidade e de acordo com os seus desejos”, disse esta responsável, destacando que esta é também uma forma de incentivar outras mulheres e jovens a participar e acreditar em outras acções do tipo”.