Brava: Biflores alerta para a necessidade de conservar a fauna e a flora endémica
A associação Biflores realizou hoje um conjunto de actividades com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de conservar a fauna e a flora endémicas, com actividades apresentadas pela própria comunidade.
A associação Biflores realizou hoje um conjunto de actividades com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de conservar a fauna e a flora endémicas, com actividades apresentadas pela própria comunidade.
Em declarações à Inforpress, Vani Furtado, técnico da Biflores, explicou que o objectivo destas actividades é consciencializar as pessoas para a conservação do meio ambiente, sobretudo, quando se fala da fauna e flora endémicas, que está muito degradada, precisando tomar algumas medidas para manter o equilíbrio.
Daí que uma das formas encontradas para sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de se intervir para a melhoria do meio ambiente, adiantou o responsável, foi através de um desfile de moda com as plantas endémicas estampadas nos trajes, teatro e música.
Todas as actividades debruçaram sobre a conservação do meio ambiente, alertando as pessoas sobre o que está a passar na sociedade.
Segundo a mesma, se não houver um equilíbrio do ecossistema que está a sofrer a cada dia com as acções do homem, tornar-se-á difícil contornar a situação que tem vindo a agravar-se, com sinais apresentados nas mudanças e alterações climáticas.
O técnico sublinhou que para garantir esse equilíbrio é preciso que todos estejam conscientes e lutar para a mesma causa, cujo resultado final pretendido é ter um ambiente mais saudável.
Dos grupos que participaram, Igualdino da Lomba, presidente e encenador do grupo teatral Os Trapalhões, da localidade de Baleia, explicou que o grupo apresentou uma peça de teatro para retratar o trabalho da Biflores, tentando sensibilizar sobre a fauna e flora terrestre e marinho.
“A mensagem foi para chamar a atenção dos pastores e pescadores de forma a melhorar as suas acções para protegerem o ambiente, mas também alertar a sociedade sobre a situação actual e o que deve ser feito para melhorar”, evidenciou o encenador.
Por seu turno, Fernanda Burgo, do grupo de mulheres da igreja Católica, realçou que foram convidadas pela Biflores e decidiram aceitar o desafio, uma vez que o objectivo, disse, é trabalhar na área do ambiente, dando a conhecer as espécies endémicas do país e da Brava, mas também na questão da conservação do meio ambiente.
Na apresentação, tentaram sensibilizar os presentes com mensagens para a preservação e conservação do ambiente, demonstrando também as consequências que cada acção “errada” traz para o meio ambiente.
Igualmente, as mulheres da igreja do Nazarenos tiveram a oportunidade de passar informações sobre as diversas espécies endémicas do país e da Brava, mas também apresentar resultados práticos da reciclagem do lixo.
Uma actividade que mereceu nota positiva por parte do público que defendeu que actividades do tipo devem ser feitas frequentemente, pois, já estavam acostumados a uma prática e abandoná-la do dia para a noite não é fácil, mas com estas acções “é possível diminuir as acções que prejudicam a natureza”.
Biflores é uma associação de conservação da biodiversidade, sediada na ilha Brava, e tem como finalidade a protecção e conservação dos ecossistemas marinhos e terrestres, da sua biodiversidade e dos recursos naturais, bem como fomentar o envolvimento e o desenvolvimento sustentável da comunidade na ilha.