Brava: Biflores e SMILO reforçam a capacidade e as dinâmicas das associações locais
A associação Biflores e a organização francesa Small Islands Organisation (SMILO) têm em andamento uma acção de capacitação que visa reforçar a capacidade e as dinâmicas das associações bravenses.
Em declarações à Inforpress, Domitille Le Huédé, coordenadora da organização SMILO, explicou que o objectivo é trabalhar para que estas associações possam ter mais autonomia em encontrar financiamentos, e fazer implementação de projectos para o desenvolvimento sustentável da Brava.
Antes de preparar o programa da formação, esta responsável evidenciou que foi feito um diagnóstico das necessidades das associações e durante esta acção de capacitação que vai decorrer durante uma semana, vão debruçar sobre algumas questões práticas, nomeadamente a criação, a dinâmica e animação de uma associação.
Igualmente, sublinhou que serão analisadas as oportunidades de financiamento em Cabo Verde para implementar projectos na Brava, mas também como preparar um pedido de financiamento, e a gestão de um projecto.
Quanto à organização, avançou que é uma organização francesa, Small Islands Organisation (SMILO), com sede em Marselha que trabalha com uma rede internacional de ilhas tendo já sido alcançadas 40 ilhas em todo mundo, com foco no desenvolvimento sustentável.
Em Cabo Verde, informou que a ONG já trabalhou com a ilha de Santa Luzia e agora vão iniciar o trabalho estão a trabalhar na ilha Brava para a gestão sustentável em cinco áreas temáticas, apontando a área da energia, água e saneamento, biodiversidade e a paisagem.
Além de organizar formações, informou que também financiam projectos, avançando inclusive que já têm em andamento um projecto em curso, numa parceria com a Biflores na localidade de Mato, sobre a plantação e reflorestação das plantas endémicas, e captação da água.
Por seu turno, o director da associação Biflores, Dheeraj Jayant, avançou que a formação visa trabalhar o fortalecimento da sociedade civil na Brava, e um dos meios para fazer isso é através das diversas associações existentes.
Pois, sublinhou, a Biflores, nos seus projectos procura sempre trabalhar e envolver as comunidades nos trabalhos da conservação da biodiversidade, sendo assim necessário fazer a ligação entre a Biflores e outras organizações de desenvolvimento comunitário na Brava.
Essa formação, conforme destacou, “é uma oportunidade para se reunir com outras associações de conservação, arte, música, cooperativas, entre outras”, justificando que na Brava tudo é interligado.
Nesta acção de capacitação contam com a participação de diversas associações da ilha e também do projecto Vitó.
A mesma fonte considera que SMILO é um parceiro da Brava, visto que trabalha com ilhas pequenas, e no país só há Santa Luzia e a Brava, mas também é um parceiro da Biflores para a implementação de um projecto.