Brava: Biflores trabalha primeiro no planeamento para garantir a longevidade das espécies – Director
O director da Biflores anunciou hoje que antes da implementação dos projectos de reflorestação a associação está a trabalhar no planeamento para garantir a longevidade das plantas e decidir o melhor local para fixar as mudas.
O director da Biflores anunciou hoje que antes da implementação dos projectos de reflorestação a associação está a trabalhar no planeamento para garantir a longevidade das plantas e decidir o melhor local para fixar as mudas.
Dheeraj Jayant falava à imprensa sobre os projectos de reflorestação financiados pela Fondation Frankilinia, que tem como propósito proteger três espécies endémicas da Brava, nomeadamente, dragoeiro, marmulano e tamareira, e o projecto financiado pela Critical Ecosystems Partnership Fund, que visa aumentar os conhecimentos sobre as plantas endêmicas na Ribeira de Fajã d´Água.
Segundo a mesma fonte, a Biflores é uma associação de conservação da biodiversidade e o objectivo é conhecer melhor a biodiversidade bravense, mas também tratar as ameaças principais que são o pastoreio livre e as mudanças climáticas.
Neste sentido, estão a desenvolver alguns projectos em parceria com o Ministério da Agricultura e Ambiente, a Câmara Municipal da Brava, Fauna and Flora International e financiadores internacionais, no sentido de alcançar os resultados pretendidos.
Para o processo de reflorestação, informou que a Biflores possui três viveiros, sendo um em Nova Sintra, outro em Campo Baixo e um em Travessa, na ribeira de Fajã d´Água, onde a missão é de “estudar e entender” onde deverão fixar estas plantas, quais as espécies e elaborar um plano de pastoreio para que as actividades da Biflores tenham sustentabilidade.
Para esses estudos, evidenciou que, lém das parcerias já existentes, estão a procurar outras com a Universidade de Lisboa e a Universidade dos Açores para melhorar o planeamento na área de reflorestação.
Daí, justificou o porquê de ainda não terem selecionado as zonas para esta acção, pois, segundo o mesmo, é preciso fazer o planeamento para poder ter a sustentabilidade, uma vez que a Brava, disse, enfrenta o problema de escassez de água, mas também indicou a necessidade de haver um plano para cuidar das plantas.
Em todo este processo, Dheeraj Jayant evidenciou que estão a tentar ter uma visão ecológica e de longo prazo, demonstrando assim a importância do estudo antes de partir para a acção.
Na questão da água, este responsável informou que há um projecto financiado pela organização francesa Small Islands Organisation (SMILO), em cerca de 2500 contos, com o qual vão implementar um projecto de captação de água de nevoeiro, para o consumo de gado, agricultura e mesmo para a rega das plantas que serão reflorestadas.
Com projecto, que também vai ser implementado com parceiros locais, nomeadamente o MAA, câmara municipal, e Fundação Brava sustentável, pretendem construir redes grandes com material adaptável para captar essa água, pensando em implementá-lo nas zonas altas como Fontaínhas e Campo das Fontes.
Para a materialização desse programa, informou que vão trabalhar com o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica para a indicação das melhores localidades para este processo.
Além disso, Dheeraj Jayant informou que há o desejo de implementar juntamente com o projecto da captação da água do nevoeiro, um projecto de agroecologia e agrofloresta com a irrigação gota-a-gota como forma mais eficiente de utilizar a água que a ser captada.
Além das instituições e organizações locais, a Biflores possui como parceiro a Fauna and Flora International.