Brava: Cabo Verde precisa de uma campanha de sensibilização sobre “women power” – estagiária Sete Sóis Sete Luas
Caterina Rizzardi, jovem italiana, considera que Cabo Verde precisa de uma campanha de sensibilização sobre o “women power”, a fim de proteger as mulheres e de sensibilizá-las sobre a importância e o poder que elas têm.
Caterina Rizzardi, jovem italiana, considera que Cabo Verde precisa de uma campanha de sensibilização sobre o “women power”, a fim de proteger as mulheres e de sensibilizá-las sobre a importância e o poder que elas têm.
Caterina Rizzardi é estudante da Universidade de Veneza e tem de fazer um estágio obrigatório e com a possibilidade de ser no exterior, conforme contou à Inforpress.
Sendo assim, ao deparar com um anúncio nas redes sociais, entrou em contacto com o director do projecto Sete Sóis Sete Luas, que aceitou a sua candidatura e agora está em Cabo Verde, para um estágio de dois meses em três ilhas diferentes, Brava, Fogo e a ilha do Maio.
Tendo já mais de um mês no país, Caterina Rizzardi comentou com a Inforpress que a realidade cabo-verdiana é “diferente” de todas as que já encontrou até agora, salientando que já viveu em muitos outros países.
Segundo a mesma, a sociedade cabo-verdiana ainda é “muito machista”, mesmo sendo às mulheres, aquelas que trabalham mais na família, tendo constatado também que “as famílias são na maioria monoparentais e as crianças são muitas vezes deixadas com os avós”.
Daí que sugere, que deveria ser realizada uma campanha de sensibilização sobre o “women power” a fim de proteger as mulheres e de sensibilizá-las sobre a importância e o poder que elas têm, porque muitas vezes “são vistas como sendo inferiores”.
“Isto foi o que percebi claramente da sociedade cabo-verdiana. A disparidade entre os sexos é algo que em 2019 deveria ser superada”, salientou Rizzardi.
De acordo com a estagiária, no Centrum Sete Sóis Sete Luas, da Brava, a sociedade cabo-verdiana tem que evoluir em muitas áreas, mas é consciente que todas estas mudanças precisam de tempo e é necessário que sejam feitas pelo povo e pelas mulheres.
De acordo com a mesma, deve-se iniciar pelo desenvolvimento das escolas e da instrução e assim, com certeza vai “melhorar e desenvolver este país que tem tantas possibilidades ainda não utilizadas”.
Entretanto, Caterina Rizzardi destacou também a morabeza deste povo, e a oportunidade que este estágio ofereceu-a em termos de contacto com uma cultura “completamente diferente” da sua.
Conforme descreveu Rizzardi, o cabo-verdiano, no começo, pode aparecer mais fechado e tímido, mas quando começa a conhecer e ter um contacto mais frequente com as pessoas oriundas de outros locais (países) “torna-se a pessoa mais calorosa do mundo”.
“Cada ilha tem um povo diferente. Na Brava são mais fechados e demoram mais tempo para te dar confiança, ao contrário do Maio que já são mais acostumados com turistas, sobretudo italianos, e são muito mais abertos”, finalizou Rizzardi.
MC/CP
Inforpress/fim