Brava/Carnaval: Grupo Carnavalesco da Furna “satisfeito” com a exibição num ano considerado de retoma
O dirigente do Grupo Carnavalesco da Furna considera positiva a participação do único grupo oficial no desfile do Carnaval este ano, avaliação pautada pela interacção do público durante a apresentação.
O dirigente do Grupo Carnavalesco da Furna considera positiva a participação do único grupo oficial no desfile do Carnaval este ano, avaliação pautada pela interacção do público durante a apresentação.
Em declarações à imprensa, Edivaldo Lopes realçou que neste momento o sentimento é de “dever cumprido”, tendo em conta que após dois anos sem desfiles do Carnaval, devido à pandemia da covid-19, o grupo criado em 2020 conseguiu reorganizar-se, driblar e ultrapassar as barreiras e retomar este ano, brindando o público com o tema Emigração e pesca da baleia, como forma de retratar um pouco da história do povo bravense.
O responsável acredita que o grupo, tanto pela música, como pela apresentação, conseguiu passar a mensagem ao público.
Entretanto, lançou um apelo no sentido de outros grupos organizarem-se e participar de forma oficial no Carnaval de 2024, realçando que o Carnaval é alegria e para ter alegria completa é preciso que haja muito mais interacção e mais participação, mesmo que não seja para competição.
O desfile oficial do único grupo estava agendado para as 16:00, mas só iniciou depois das 17:00, com uma homenagem a dois activistas culturais filhos da Brava, Tey e Nelson, que faleceram no ano passado, um por doença e outro desaparecido no mar.
Ainda, o desfile, além do atraso pelo que ficou marcado, o grupo demorou mais de uma hora sambando na rua Padre Pio Gottin, o que mereceu algumas críticas por parte do público.
Sendo o único grupo oficial, levou para casa o prémio do 1º lugar, mas também de andor, rainha, rei e todos os outros prémios atribuídos.
Antecedendo ao desfile oficial, houve a apresentação de três grupos de animação, cada um com o seu tema de sensibilização para o público presente, que também levaram prémios.
Em modo de avaliação feita pelo público, Anita Andrade congratulou-se com a retoma dos desfiles e pela iniciativa do grupo oficial, mas defendeu que por ser um único grupo, “poderia ter mais brilho e mais animação”.
A expectadora pede aos jovens para se movimentarem e que no próximo ano haja participação de mais zonas e grupos. Quer também maior apoio e incentivo por parte da Câmara Municipal da Brava.
Igualmente, Ana Gomes, membro do grupo Baianas, que este ano comemorava 25 anos, lamentou a ausência do grupo no desfile oficial, comprometendo-se a lutar para reorganizar-se e no próximo ano participar, como era de costume.
Mas, em relação ao desfile feito hoje, deu “nota positiva”, sublinhando que o grupo carnavalesco da Furna conseguiu transmitir a mensagem às centenas de pessoas que se deslocaram à Nova Sintra para se divertirem.
Francisco Tavares, presidente da Câmara Municipal da Brava, fez uma avaliação positiva da festa, realçando que fazer o Carnaval é algo que tem de depender da boa vontade das pessoas.
O autarca aproveitou para parabenizar o grupo da Furna que apresentou “muito bem e com muita criatividade o tema”, com destaque para as homenagens feitas aos dois activistas culturais que sempre deram o seu contributo em grupos da ilha, e que hoje já não se encontram mais entre nós.
O autarca destacou ainda o civismo apresentado pela população, apelando a um maior incentivo das pessoas para criarem um outro grupo e nesta senda lançou um repto ara que cada zona crie uma ala e depois juntar num só grupo para brincar no próximo ano, comprometendo-se a apoiar no limite dos recursos da câmara, mas também na procura de parceiros, que este ano contou com o apoio da Empresa Intermunicipal de Águas, Águabrava, e da delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente.