Brava: Caso de violência nas imediações da ESET vai ser entregue a outras instâncias – delegado da Educação

O delegado da Educação na Brava anunciou hoje que o caso de violência decorrido nas imediações da Escola Secundária Eugénio Tavares (ESET) vai ser entregue ao Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente e ao Ministério Público.

Mar 8, 2023 - 02:48
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Brava: Caso de violência nas imediações da ESET vai ser entregue a outras instâncias – delegado da Educação

O delegado da Educação na Brava anunciou hoje que o caso de violência decorrido nas imediações da Escola Secundária Eugénio Tavares (ESET) vai ser entregue ao Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente e ao Ministério Público.

Este anúncio foi feito em declarações à imprensa, onde Orlando Burgo explicou que foi uma “anomalia” que ocorreu a cerca de 50 metros da ESET, envolvendo um aluno do 10º ano e três do 6º ano de escolaridade, por volta da 17:35 do dia 02 de Março, no último tempo lectivo, de acordo com as informações avançadas pelo director do Complexo Educativo de Nova Sintra (CENS).

Segundo a mesma fonte, logo no dia 3, o porteiro informou a direcção do CENS sobre o ocorrido e esta accionou o Conselho de Disciplina para analisar o caso e tomar as medidas que se impõe neste âmbito e a nível da escola.

“O Conselho de Disciplina já tomou a sua posição, no âmbito daquilo que lhe compete castigou os envolvidos e o processo terá que ser encaminhado ao Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) e ao Ministério Público para os efeitos convenientes”, anunciou este responsável, realçando que provavelmente há medidas que deverão ser tomadas, mas que já não compete ao CENS em si.

Pois, conforme justificou, a acção do CENS tem de seguir os parâmetros da legislação vigente e de acordo com o regulamento interno, tendo situações que acabam por ultrapassar os limites de decisão do mesmo.

Orlando Burgo evidenciou que são “casos esporádicos” que acontecem numa escola e que a direcção da escola tem agido dentro dos parâmetros da legalidade.

Entretanto, o pai da criança que neste momento se encontra na cidade da Praia acompanhando o filho que foi transferido para o Hospital Universitário Agostinho Neto, pediu a intervenção do Ministério da Educação no sentido de evitar casos do tipo nas escolas, afirmando “não proferir algumas declarações por medo de represálias”.

Neste quesito, o delegado diz entender a “emoção” do pai embora considerou que a sua declaração foi “infeliz”, justificando que este acabou por tentar denegrir a educação do concelho ao dizer que não queria fazer determinadas declarações devido a represálias.

Neste sentido, este responsável disse que “se eventualmente o pai da criança que também é professor já sofreu alguma represália por parte da educação deve dizer claramente quando, onde, como sofreu e porque que não declarou antes”.

“Nós procuramos trabalhar no sentido de dar o nosso melhor a bem da educação na ilha e quando surgir problemas dessa natureza deve-se é fazer com que se resolva da melhor forma possível sem estar a beliscar as instituições e os profissionais da educação”, finalizou o delegado.