Brava: Comunidade de Lomba Tantum pede agilidade no conserto do teleférico da localidade
A população de Lomba Tantum, na sua maioria pescadores e peixeiras, pede urgência no conserto do teleférico desta localidade da ilha Brava, pois a sua avaria tem colocado em causa o trabalho de muita gente.
A população de Lomba Tantum, na sua maioria pescadores e peixeiras, pede urgência no conserto do teleférico desta localidade da ilha Brava, pois a sua avaria tem colocado em causa o trabalho de muita gente.
Em declarações à Inforpress, o pescador João Monteiro da Lomba contou que na localidade as pessoas dependem maioritariamente da pesca e o teleférico tem vindo a sofrer várias interrupções por avarias, o que tem causado vários transtornos aos pescadores e peixeiras.
Segundo este pescador, há pouco tempo o teleférico esteve três meses sem funcionar, foi consertado e num curto espaço de tempo deixou de funcionar e quando é assim os constrangimentos são vários.
Pois, conforme realçou, quando o teleférico está operacional os pescadores conseguem enviar do fundo de Tantum até Lomba o peixe que conseguiram na faina a um preço baixo, mas quando não funciona, para cada banheira de peixe que os rapazes mais jovens carregam na cabeça do fundo de Tantum até a comunidade de Lomba cobram 700 escudos o que encarece o produto.
Igualmente, David Garcia, um jovem que decidiu enveredar pelos caminhos do empreendedorismo através da venda do peixe, realçou que a inactividade do teleférico tem lhe prejudicado muito e porque há três semanas que não consegue vender o peixe.
Porque com o teleférico danificado quando os pescadores vão ao mar, caso conseguirem uma quantidade razoável de peixe, em vez de desembarcar no porto de Tantum preferem ir para o porto de Fajã d´Água e assim já não consegue peixe para vencer, porque se encomendar peixe para desembarcar em Tantum é obrigado a pagar 700 escudos por cada banheira de peixe carregada até Lomba e desta forma não haverá lucro.
Mas, segundo este jovem, a questão já não se resume somente ao conserto da peça, mas sim de uma manutenção geral e mesmo a troca do cabo de aço.
“Já tem vários anos de funcionamento, daí precisa de uma manutenção geral, incluído a substituição do cabo de aço de forma a manter a sua utilidade e segurança para o público alvo”, evidenciou a mesma fonte.
Reinaldo Meireles, pescador já de longa data, também juntou a sua voz aos mais novos, realçando a importância do teleférico na vida desta comunidade e como a inactividade do mesmo influencia no preço do pescado.
Este pescador avançou que sempre defendeu a necessidade de se ter peças suplentes para assim que houver uma avaria fazer a substituição, de forma a não condicionar o trabalho e o ganha-pão desta comunidade durante vários tempos.
Defendeu ainda uma manutenção nem que seja mensalmente ou trimestral, de forma a garantir uma melhor segurança aos utentes, reforçando que o que é cobrado para o pescado já é um passo para trabalhar e garantir esta manutenção.