Brava: Condutores alertam para perigo que troço de estrada improvisado na via para Fajã d´Água está a revelar

Os condutores da ilha Brava alertaram hoje para o perigo que o troço de estrada improvisado para a localidade de Fajã d´Água está a representar para a comunidade e todos os que circulam na via.

A localidade esteve completamente isolada desde o passado dia 21 de Janeiro, na sequência de uma derrocada que levou parte da estrada, tendo sido construído logo depois, em alternativa, um caminho vicinal para a circulação das pessoas dessa localidade e para os visitantes que, mesmo após o isolamento, se deslocam à zona e no passado dia 19 de Março, a estrada foi reaberta após algumas intervenções improvisando assim uma via carroçável.

Entretanto, desde esta data, há quase um mês os moradores e condutores realçaram que as obras estão paradas, a via improvisada encontra sem manutenção, há parte da rocha que se encontra instável e que corre o risco de desabar a qualquer momento, situações que “colocam em perigo não só os condutores, mas também os utentes tendo em conta a movimentação que se tem verificado na zona”.

Zeferino Alves, condutor e morador da localidade de Fajã d´Água, explicou à Inforpress que a passagem foi improvisada para poder ter acesso automóvel e que, ainda por alguns dias, continuaram os trabalhos com máquinas na tentativa de melhorar o acesso, mas que depois as obras ficaram paralisadas e não se sabe de nenhuma outra informação.

Segundo a mesma fonte, os carros sobem nesta parte improvisada a “patinar” sem falar que a via que foi improvisada em cima de terra e cascalho não está a ser regada, o que originou vários buracos e causaram instabilidade na via, provocando assim maior gasto das peças das viaturas.

Daí, apela ao Governo uma solução “urgente” porque, conforme disse, há uma parte instável na rocha que pode cair a qualquer momento causando estragos maiores e colocar a comunidade, de novo, no isolamento.

Também José Andrade, um condutor que faz fretes frequentemente para a localidade, evidenciou que quando improvisaram essa via ficou a promessa de continuar com os trabalhos para a melhoria da mesma e estudar possibilidades para a construção desse troço.

Contudo, avançou que até então, um mês após o improviso, não foi feito nada e não houve mais nada sobre o processo, num local que dá acesso a uma zona muito frequentada por turistas e por bravense, principalmente no Verão, onde também há a certeza de um rendimento melhor para os condutores.

Segundo este condutor, este troço de estrada esta a configurar uma “armadilha” para os condutores, não deixando de lado a situação da rocha que ameaça cair a qualquer momento, principalmente, com a aproximação da época das chuvas.

Caso não sejam tomadas medidas pelo Governo, José Andrade diz temer alguma tragédia e um novo isolamento para esta comunidade.

“É uma zona que todos frequentam, principalmente no Verão, e é preciso tomar medidas a tempo e hora, porque ainda há uma parte instável que pode cair a qualquer hora e que representa perigo”, finalizou, realçando que, da outra vez, pela quantidade de material que caiu, caso houvesse alguém por perto, nem daria tempo para correr.

Na altura da abertura da via, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, tinha anunciado à imprensa de que os trabalhos iam continuar com a construção do muro de protecção, assim como os trabalhos no piso após a conclusão do muro, e que seria dado a continuidade aos estudos e trabalhos de análise da possibilidade de uma via alternativa para o futuro.

MC/HF