Brava: Condutores com cartas de condução em atraso voltam a exigir esclarecimentos da DGTR

Um grupo de condutores da ilha Brava com cartas de condução em atraso voltou a procurar hoje a imprensa para “exigir” esclarecimento por parte da DGTR sobre alegada demora e a falta de informação por parte dos serviços locais.

Em declarações à imprensa, Zezinho Rocha contou que há vários anos que a situação tem sido recorrente e no seu caso, fez a sua carta de condução há alguns anos, mas que até então tem vindo a conduzir com a carta provisória que sempre foi renovada de 90 em 90 dias.

E, conforme reforçou, sempre que procura os serviços da Direcção-Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR) na ilha para a renovação da provisória ou para pedir a sua carta de condução diziam-lhe que ainda não havia nenhuma resposta sobre a sua situação.

Acrescentou que ultimamente, ao deslocar aos serviços da DGTR para renovar a sua provisória tem sido informado que não estão a renovar mais, realçando que os constrangimentos nesta situação são vários, pois as autoridades ao fazerem o trabalho de fiscalização, nesse caso a Polícia Nacional, exigem sempre documentos válidos.

Igualmente, David Garcia é um outro condutor que fez o seu exame da categoria D em 2015 e até então está a conduzir com carta provisória. A única resposta que recebia até pouco tempo quando procurava informações na DGTR era que as cartas estavam atrasadas, mas que a situação ficaria resolvida.

Entretanto, avançou que a mensagem que lhe foi passada pela funcionária é que “os indivíduos nesta situação vão ter de pagar uma taxa novamente e, possivelmente, serem submetidos a uma outra avaliação prática”.

“Como é possível fazer o exame, pagar uma taxa onde nos foi emitido a carta provisória e aguardar para que a carta esteja no sistema e agora não há nada no sistema”, questionou o jovem, acrescentando que nem o seu exame escrito de carteira profissional se encontra nos serviços da DGTR na Brava.

José Andrade, é um outro condutor que se encontra na mesma “situação alarmante”, há vários anos fez a renovação da sua licença provisória de 90 em 90 dias e agora a informação que recebeu é que não se está a renovar mais a provisória e que para resolver esta situação tem de pagar a taxa novamente e ser submetido ao exame prático.

Diante desta situação, os condutores questionam como é que está a funcionar os serviços da DGTR na ilha onde os alunos que fizeram exames a cerca de oito meses já se encontram na posse da sua carta de condução, enquanto aqueles que fizeram a oito ou mais anos não receberam as suas e nem há comprovativos do pagamento ou dos testes, tendo somente a provisória como prova de que se encontram habilitados.

Alguns condutores nesta situação procuraram a imprensa em Novembro de 2022, e na altura, a Inforpress contactou o actual delegado da DGTR para a região Fogo e Brava, João Silva, informou que a situação dos condutores com cartas pendentes seria analisada e posteriormente “tomadas as decisões que se impuserem”.

Mas, até o momento, ainda não foi apresentada nenhuma solução oficial para esses condutores.

De realçar que em Fevereiro de 2022, o actual delegado esteve na Brava onde reuniu-se com o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, e o autarca garantiu em entrevista à Inforpress que a ilha passava a conhecer uma nova era em relação aos serviços prestados pela DGTR, apostando na celeridade e informatização do sistema.

Na mesma entrevista, Francisco Tavares anunciou que por parte da DGTR ficou o compromisso de tentar resolver todas as pendências que tinham sido colocadas até esta data por alguns munícipes na obtenção das suas cartas, e a DGTR estipulou o final de 2022 como sendo o prazo para resolver esta situação.