Brava: Coordenadora do pré-escolar diz que o primeiro desafio das monitoras é saber lidar com as diferenças
A coordenadora do pré-escolar da Brava, Fernanda Burgo, disse hoje que o primeiro desafio que as monitoras do pré-escolar possuem é aprender a lidar com as diferenças das crianças.
A coordenadora do pré-escolar da Brava, Fernanda Burgo, disse hoje que o primeiro desafio que as monitoras do pré-escolar possuem é aprender a lidar com as diferenças das crianças.
Fernanda Burgo fez estas declarações à Inforpress, à luz da primeira jornada da pré-escolar realizada na ilha no passado final de semana, onde explicou que reuniram na localidade de Fajã d´Água, com o objectivo de se interagirem uns com os outros, numa troca de experiência, formação e aproximação entre as monitoras.
Nesta jornada, segundo a coordenadora debruçaram-se sobre as turmas compostas, tendo em conta que em algumas localidades há uma única monitora a trabalhar e, automaticamente, tem de trabalhar com crianças de quatro e cinco anos e em alguns casos com crianças de três anos.
A mesma reconhece que trabalhar com turmas compostas não é fácil, mas, adiantou que muitas vezes é a solução mais viável, principalmente nas localidades onde o número de crianças é reduzido.
E, acrescentou que é um desafio, que se for encarado com muita boa vontade os obstáculos são ultrapassados.
Não obstante as turmas compostas, as novas monitoras também tiveram espaço para se inteirarem de algumas técnicas com as mais antigas, preparar alguns materiais didácticos necessários para as salas de aula, até houve uma socialização de algumas informações sobre as actividades físicas e de coordenação a serem trabalhadas com as crianças, conforme contou a mesma fonte.
Questionada sobre os desafios das monitoras do jardim de infância e das que vão trabalhar com turmas compostas, Fernanda Burgo adiantou que primeiramente, devem saber lidar com as diferenças, pois cada criança é diferente e cada uma possui as suas especialidades e limitações.
Daí, é necessário que as monitoras saibam e estejam preparadas para isso, como uma forma de trabalhar na inclusão e dar as mesmas oportunidades a todas as crianças.
Nas turmas compostas, revelou que o segredo é colocá-los a trabalharem ao mesmo tempo para não distraírem uns aos outros, mesmo diferenciando actividades tendo em conta a idade.
Em termos de número de alunos, adiantou que ainda não há um número concreto, tendo em conta que algumas ainda não se matricularam.
Mas, está convicta de que mesmo que todos os anos a tendência tem sido a diminuição das crianças no pré-escolar, estão a contar com cerca de 300 e poucos alunos.
Em termos de recursos humanos salientou que já estão preparados para trabalharem. Mas a nível dos espaços físicos, comentou que é da competência e responsabilidade da câmara municipal, e existem alguns jardins que estão apresentando algumas anomalias, principalmente o da Furna, que segundo a mesma, necessita de “intervenções urgentes”.
Pede também um maior envolvimento dos pais e encarregados da educação no sentido de estarem e participarem mais na vida dos filhos, proporcionando algum conforto e segurança aos filhos, principalmente nos pequenos concertos, que na sua óptica, muitas vezes não justifica recorrer a câmara.
Esta primeira jornada, conforme Fernanda Burgo, teve uma avaliação positiva por parte de toda a equipa reunida e o foco é realizar várias outras para que possam trabalhar “mais unidas e em uma rede cada vez mais consistente”.
MC/CP
Inforpress/fim