Brava: Delegação escolar procura financiamento para a reabilitação da escola Sena Barcelos
A delegação escolar da Brava, em parceria com a autarquia local, está à procura de financiamento para a reabilitação da escola Sena Barcelos, que neste momento está desactivada e gera várias inquietações no seio dos bravenses.
A delegação escolar da Brava, em parceria com a autarquia local, está à procura de financiamento para a reabilitação da escola Sena Barcelos, que neste momento está desactivada e gera várias inquietações no seio dos bravenses.
Esta informação foi avançada à Inforpress pelo delegado da Educação, Orlando Burgo, em reacção às várias inquietações e reclamações apresentadas pela população bravense, principalmente os ex-alunos da Escolona, como é conhecida na ilha.
Para os bravenses, teria que ser necessário arranjar condições para a desactivação da mesma, pois, esta escola, assim como a igreja católica e a escola Materna, são considerados os maiores patrimónios da ilha.
Dizem ser conscientes que é necessário financiamento para reabilitar a Escolona, mas pelo menos que fosse colocado um guarda, porque a escola não está com portas em condições e está sendo utilizada para várias actividades ilícitas e imorais, e por isso, pedem que seja colocado um guarda no edifício.
O delegado, Orlando Burgo reconheceu que esta é uma escola centenária, que está “carecendo de uma reabilitação profunda”, há mais de 20 anos e desta época para cá, a escola está sendo fechada e reaberta, mas, as condições de funcionamento estão “precárias”.
De acordo com o mesmo, os pisos das salas de aulas, estão todos esburacados e os materiais dos alunos podem desaparecer nestes buracos.
Não obstante isso, reforçou que o interior dos pisos traz mau cheiro, o que não é bom para o normal funcionamento, além do que os tectos das salas que estão fechadas já começaram a cair.
Segundo este dirigente, “certamente que a nível nacional está melhor do que muitas outras escolas, mas para nós, neste momento, não possui as totais condições que precisamos”, salientou.
Conforme a fonte, após a entrega das obras do liceu Eugénio Tavares, e com a reorganização e distribuição dos vários anos de escolaridade que tem estado a funcionar, a direcção do complexo decidiu que havia espaço suficiente para funcionar de 9º ao 12º ano na parte de manhã e do 5º ao 8º ano no outro período.
Com esta nova organização, acrescentou, “facilitou e muito na gestão dos professores, com a pluri-docência há professores que trabalham com alunos do 5º ao 8º ano e assim ficam concentrados num único período”.
Sena Barcelos não está fechada na sua totalidade, porque as duas salas de aulas estão sendo utilizadas para a distribuição de refeições aos alunos e para alguma actividade que a escola pode organizar.
Burgo adiantou que a previsão orçamental para a reabilitação da escola Sena Barcelos, ronda os 11 mil contos e a intenção não é fechá-la, porque sabem que é um “edifício emblemático”, ao qual deve ser dado outra utilidade, mas para isso, tem de ser reabilitada e dada toda a dignidade que merece e por ser uma obra que é património nacional, o próprio Instituto do Património Cultural – IPC “não permite” a realização de qualquer tipo de trabalho nesta escola.
Reabilitando esta escola, Orlando Burgo explicou que a mesma pode servir para instalar os serviços da delegação escolar da ilha, ou também para a instalação da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI), ou mesmo, para a equipa de orientação vocacional profissional, entre outras utilidades que pode ser dada.
MC/ZS
Inforpress/Fim