Brava: Deputados municipais do PAICV pedem exoneração do ministro da Agricultura e Ambiente
Os deputados municipais do PAICV (oposição) pediram hoje a exoneração do ministro da Agricultura e Ambiente e o afastamento do delegado do MAA na Brava à luz do desenrolar do processo intentado contra este responsável.
Os deputados municipais do PAICV (oposição) pediram hoje a exoneração do ministro da Agricultura e Ambiente e o afastamento do delegado do MAA na Brava à luz do desenrolar do processo intentado contra este responsável.
O pedido foi feito em conferência de imprensa, após o despacho da Procuradoria da República da Brava, que “confirmou todos os factos, concluindo que o delegado estava cometendo o crime de peculato de forma continuada, agindo de forma livre, consciente, deliberada, sabendo que aquelas condutas eram proibidas e punidas pela lei”.
A porta-voz do grupo, Carmen Fernandes, pediu ao primeiro-ministro que faça a exoneração do ministro Gilberto Silva, pois, este “determinou” a realização de um inquérito que “ficou provado que foi falso”, cujos resultados estão publicados nas páginas do Governo.
A deputada pediu, ainda, que se levante um processo disciplinar aos responsáveis pela realização do inquérito efectuado na ilha, sobre as denúncias feitas contra o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), Estêvão Fonseca, de modo a serem punidos pelo “vergonhoso trabalho” que realizaram e pela “intencional postura de encobrir as ilegalidades”, agora confirmadas pelo Ministério Público.
Carmen Fernandes ajuntou que, “nem o ministro e nem o delegado se importam com os cabo-verdianos e com os bravenses”, por manter no cargo o delegado, mesmo sendo acusado.
Daí, o grupo exige o afastamento do delegado das suas funções, tendo em conta a “gravidade do crime cometido”, de forma “continuada”, alegando que este “não reúne as condições éticas e morais para estar à frente de um serviço do Estado”.
Ainda, pedem que o Procurador-Geral da República que se requeira a “condenação” do delegado, para devolver cada centavo que aproveitou da água, do camião, do combustível, do uso do reservatório do Estado, para que “nunca mais ninguém tenha a coragem de roubar o Estado de Cabo Verde”.
Segundo os deputados municipais, ficou “provado que o delegado não está a trabalhar para a ilha, mas para os seus interesses pessoais e de quem o mantém na ilha, explorando recursos do Estado”.
“Enquanto estivermos aqui, jamais aceitaremos que criminosos continuem livres a aproveitar dos recursos de todos os cabo-verdianos”, finalizou Carmen Fernandes.
MC/CP
Inforpress/fim