Brava: Diagnóstico sócio económico recomenda reforço da autarquia e do Governo na promoção do desenvolvimento integrado local
O diagnóstico sócio económico de Lomba Tantum, apresentado terça-feira, recomenda um reforço da autarquia local e do Governo na promoção do desenvolvimento integrado local, sublinhando a necessidade de valorizar a pesca e levar mais rendimento a zona.
O diagnóstico sócio económico de Lomba Tantum, apresentado terça-feira, recomenda um reforço da autarquia local e do Governo na promoção do desenvolvimento integrado local, sublinhando a necessidade de valorizar a pesca e levar mais rendimento a zona.
De acordo com o documento, é preciso pensar em soluções para dar respostas às demandas sociais dessa comunidade, que “requer uma visão estratégica de conjunto e políticas e acções coordenadas, no sentido de criar um ambiente favorável ao desenvolvimento local integrado e participativo, que contribua para aumentar a qualidade de vida dos moradores”.
E para isto, recomenda-se a construção de um centro multiuso, com jardim infantil, espaços de formação e animação comunitária e espaços verdes, para além de programas de informação e educação para a cidadania e o desenvolvimento, que integre questões ambientais, de saúde sexual e reprodutiva, de higiene e saúde pública, de educação nutricional e de igualdade e equidade de género.
O documento sugere ainda programas de sensibilização para aumentar o sentimento de pertença, engajamento e participação social, assim como de programas de formação e capacitação em associativismo e liderança associativa e o incentivo da população a aderir à previdência social ou a estruturas mutualistas de segurança social a trabalhadores do sector informal.
Olívia Mendes, coordenadora do gabinete de Economia Social e Solidária, Cooperação e Projectos da ONG Citi Habitat, em declarações à Inforpress, adiantou que em relação à comunidade é necessário que esta veja em si própria um actor e promotor do seu próprio desenvolvimento.
Para alcançar este patamar, a coordenadora revelou que é preciso que a comunidade se organize, porque, explicou, nenhuma comunidade desorganizada, mesmo que tenha recursos disponíveis, não consegue desenvolver-se.
Citando Paulo Feire, com a sua frase “ninguém desenvolve ninguém, cada um desenvolve a sua cabeça”, explicou que é preciso apostar na auto-organização e na auto-promoção.
Outra questão que Olívia Mendes considerou “muito pertinente” tem a ver com a educação, para a mudança de comportamento e atitude, defendendo investimentos no sector da educação, argumentando que caso não houver aposta nesta nesta área as pessoas não se apropriam do que é colocado ao dispor.
Neste aspecto, a responsável recomendou um reforço de capacitação das pessoas, a nível da formação profissional e profissionalizante de jovens e mulheres chefes de famílias, com a vertente micro-crédito e educação financeira, para apoiar iniciativas geradoras de rendimento e auto-emprego.
A câmara e o Governo, reforçou, devem criar condições, tabém, para o desenvolvimento da pesca, considerado como o motor de desenvolvimento da comunidade, que valorizem esta área, que criem condições na comunidade para que nesta área haja forma de desenvolver e levar mais rendimento e riqueza para esta aldeia.
MC/JMV
Inforpress/fim