Brava e a espera contínua pelo Novo Centro de Saúde prometido
Cidade de Nova Sintra, 23 de Janeiro de 2025 (Bravanews) - A promessa de um novo Centro de Saúde na Ilha Brava, uma das regiões mais necessitadas do país, continua a ser uma esperança aguardada com ansiedade pelos habitantes locais. O anúncio da construção da nova infraestrutura foi feito com grande expectativa, com o Governo afirmando que as obras seriam iniciadas até o final de 2024. Contudo, após o lançamento do concurso público em outubro do ano passado, o silêncio tem sido o tom predominante e, até o momento, nada foi concretizado.
O novo centro de saúde era visto como uma solução fundamental para melhorar as condições de atendimento médico na ilha. A Brava, uma das ilhas mais pequenas e isoladas de Cabo Verde, tem enfrentado grandes desafios na área da saúde. A infraestrutura actual, datada de várias décadas, não tem capacidade para atender adequadamente à crescente demanda dos moradores, especialmente considerando a limitação de recursos e a necessidade de uma estrutura mais moderna e equipada.
Desde o anúncio da intenção de construir o novo centro de saúde, a população tem manifestado sua impaciência. Diversas organizações locais e cidadãos têm cobrado respostas das autoridades, destacando que a situação da saúde na ilha continua a ser precária, com moradores tendo que viajar para outras ilhas em busca de atendimento especializado ou até mesmo de serviços médicos básicos, devido à falta de recursos na unidade de saúde actual.
O concurso lançado em outubro de 2024 foi visto como um passo positivo, mas os meses se passaram e nenhuma atualização significativa foi dada sobre o andamento do processo. Especialistas no setor de saúde local alertam para a urgência da obra, não apenas pela construção de raiz e modernização das instalações, mas também da população que necessita de cuidados médicos adequados.
A situação é ainda mais preocupante quando se considera que, além da falta de médicos e de infraestruturas, a ilha enfrenta uma escassez de transporte para os habitantes que precisam de atendimento mais complexo.
A Brava continua a clamar por respostas. O novo centro de saúde, para além de ser uma promessa de melhoria no atendimento médico, representa um passo fundamental na qualidade de vida dos bravenses, que há muito tempo aguardam por melhores condições para o cuidado da saúde. Espera-se que, em breve, o Governo e as autoridades competentes se posicionem com mais clareza sobre o andamento do projeto, para que a ilha possa finalmente ter a estrutura de saúde que tanto necessita e que foi prometida. A expectativa é grande, mas a paciência da população tem limites. A Brava espera, anseia e clama por esse novo Centro de Saúde.
Com sua beleza natural e população resiliente, a ilha Brava vê-se, mais uma vez, à espera de promessas não cumpridas. O novo Centro de Saúde, anunciado como uma solução para melhorar a qualidade do atendimento médico, continua sendo um desejo não concretizado. A promessa de iniciar as obras até o final de 2024, com o lançamento do concurso público em outubro do ano passado, gerou grandes expectativas, mas até agora, o silêncio impera. Este é apenas um capítulo de um livro de promessas não cumpridas que vem se repetindo há anos, e a população local começa a duvidar de que algum dia essas promessas se tornarão realidade.
Entretanto, o Centro de Saúde não é o único sonho adiado na ilha. Há anos, a população luta por melhorias nas condições de acesso e transporte, e as promessas feitas pelas autoridades têm se mostrado vazias. Uma das mais aguardadas foi a promessa de uma ligação marítima que permitisse que a ilha fosse conectada ao resto do país em 24 horas. No entanto, esse projeto nunca se concretizou, deixando os moradores a depender de transportes incertos e com frequentes interrupções. A frustração aumentou com o enterro do projecto e da filosofia com que foi criada a Cabo Verde Fast Ferry, que tinha por grande objectivo pernoitar na ilha Brava. Hoje, a ilha se vê novamente isolada, sem alternativas rápidas e eficientes para atender às necessidades de mobilidade de sua população.
Além disso, a promessa de uma estrada que ligasse a Baleia, uma das localidades mais distantes e carentes da ilha, continua a ser adiada. A estrada seria fundamental para melhorar o acesso à saúde, à educação e ao comércio, além de promover o turismo e o desenvolvimento da região. Infelizmente, as autoridades não têm dado respostas claras sobre o andamento desse projeto, que parece estar sempre fora do alcance dos bravenses.
Outras promessas, como a criação de um serviço de helicóptero para transporte, especialmente de emergência, também seguem no papel. A população da Brava, muitas vezes, se vê desamparada, sem alternativas para situações urgentes que exigem um atendimento mais rápido e especializado. A ausência dessa estrutura de transporte tem sido uma preocupação constante, pois os moradores têm medo de que, em caso de emergência, não haja meios suficientes para salvar vidas.
A soma dessas promessas não cumpridas tem gerado um crescente sentimento de desilusão entre os bravenses. A população, que já enfrentou desafios históricos relacionados à infraestrutura e ao acesso a serviços básicos, começa a acreditar que o novo Centro de Saúde será apenas mais uma promessa vazia. A retirada da fast ferry, a falta de melhorias no transporte marítimo, a estrada para Baleia e o helicóptero são apenas alguns exemplos de compromissos não cumpridos que fazem com que os bravenses se sintam cada vez mais esquecidos e desamparados.
Em um momento de grande necessidade, os moradores da Brava clamam por respostas e por ação. O novo Centro de Saúde, a ligação marítima eficiente, a estrada para Baleia e a criação de um serviço de helicóptero não são apenas promessas, mas necessidades reais para a melhoria da qualidade de vida da população. Espera-se que, finalmente, o Governo reconheça a urgência dessas questões e se comprometa de forma concreta a transformar essas promessas em realidade. Caso contrário, o sentimento de desilusão poderá tomar conta de uma comunidade que, há muito tempo, já demonstrou ser paciente, mas que está começando a perder a fé nas palavras vazias.
Moises Santiago