Brava/Educação de Adultos: Coordenação tenciona continuar processo de sensibilização e abrir mais turmas de alfabetização

A coordenadora da Educação Básica de Jovens e Adultos (EJA), Paulina Delgado, disse hoje que vai dar continuidade ao processo de sensibilização dos adultos para abrir mais turmas de alfabetização no próximo ano lectivo.

Paulina Delgada falava à Inforpress em modo de avaliação da turma de 14 alunos do 1º ano que conseguiu abrir na localidade de Lomba, neste ano lectivo, destacou que o interesse foi demonstrado pela própria comunidade durante as acções de sensibilização e a coordenação do EJA trabalhou no sentido de efectivar este processo.

Segundo esta responsável não havia turmas de alfabetização de adultos na Brava há já alguns anos e este ano, abrir uma turma “numa comunidade um pouco complicada” devido à actividade económica a que se dedica, a pesca e a comercialização do pescado, foi considerado uma “vitória” e uma luz de que é possível abrir em outras localidades.

Sendo assim, evidenciou que a coordenação está a trabalhar de forma “afincada” no processo de sensibilização mesmo nesta comunidade para a abertura de novas turmas, mas também nas outras zonas da ilha, desde que encontrem um número de interessados que vá ao encontro das indicações da Direcção do EJA.

Na turma a funcionar em Palhal, Paulina Delgado informou que o processo está a decorrer bem, fazendo uma “avaliação positiva”, justificando que o que motiva os adultos é a “necessidade de aprender para poderem orientar os filhos nas actividades diárias da escola, mas também a vontade de aprender a ler e escrever, assim como a necessidade de aprender o mínimo que lhes permite fazer as contas nas suas actividades profissionais”.

O horário de funcionamento é das 19h às 21h, uma proposta também apresentada pelos participantes que viram neste horário a “possibilidade de conciliar as suas actividades diárias e o processo de aprendizagem”.

Uma avaliação bastante positiva, a mensagem foi passada, a sair da zona de conforto e a sair do lar para frequentar a escola tendo em conta que esta é uma comunidade “bastante difícil” porque a actividade económica a que se dedicam é a pesca e o comércio do pescado.