Brava: EMAEI socializa informações sobre processo de sinalização das crianças com necessidades educativas especiais com professores
A Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) na Brava partilha conhecimentos do processo de sinalização com os professores das escolas da ilha, de como identificar as crianças com necessidades educativas especiais.
A Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) na Brava partilha conhecimentos do processo de sinalização com os professores das escolas da ilha, de como identificar as crianças com necessidades educativas especiais.
Por ser considerado o ano de sinalização das crianças com necessidades educativas especiais, os técnicos da EMAI participaram em duas formações, que por sua vez estão socializando com os professores, no sentido de estes estarem sensibilizados na matéria e ajudar a equipa no processo.
A formação já foi ministrada aos professores e ao corpo directivo da Escola Básica de Nossa Senhora do Monte, às monitoras dos jardins-de-infância, aos professores do Ensino Secundário e a uma parte dos docentes do Ensino Primário do Complexo Educativo de Nova Sintra, ficando a faltar somente os professores do 5º ao 8º ano.
O coordenador da equipa, Alfredo Gomes, em declarações à Inforpress, explicou que a formação foi denominada de “partilha de informações”, lembrando que está a passar diversas informações sobre o assunto nos órgãos de comunicação social, e que muitas vezes o que estão transmitindo aos professores já é do domínio público.
Nesta partilha, destacou, tudo é feito de uma forma “dinâmica”, um pouco mais prático, dando oportunidade aos professores de exporem as suas dúvidas, questões e preocupações.
Para o responsável, muitas das dificuldades detectadas são observadas e enfrentadas pelos professores na sala de aulas.
“São detectadas no pré-escolar e só depois disso que os pais dão conta. Daí, se explica a responsabilidade que os professores têm neste processo”, adiantou.
Com esta formação, os docentes estão aprendendo os procedimentos correctos para agir, casos surgir alguma situação que ainda não está sinalizada.
A ideia, explicou, é evitar a criação de alguma “barreira” com os alunos, encaminhando-os para o EMAEI, que faz uma avaliação com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
“Existem as deficiências físicas que são aparentes, mas existem outras que são transtornos, como o espectro de autistas, que muitas vezes, ao relacionar com um aluno autista que não conhecemos, dizemos que é um aluno que não aprende, e pelo contrário, são alunos muito inteligentes, basta saber a forma de trabalhar com eles”, reforçou a fonte.
Neste quadro de alunos que podem ser detectados na escola, referiu também o caso dos que possuem transtorno por défice de atenção e hiperactividade, que muitas vezes, por não terem conhecimentos suficientes, são considerados “rebeldes”.
Em relação a esta matéria, a fonte afirmou que não possuem problemas porque os professores são sensíveis, e sempre colocam no lugar do outro.
Adiantou que o único problema é “saber como trabalhar” e este é um processo que será ultrapassado se os professores trabalharem unidos.
MC/JMV
Inforpress/fim