Brava: Escola de Futebol de Furna criada para combater males sociais
João Vieira, um dos fundadores da escola de futebol da localidade de Furna, afirmou que o propósito foi de ocupar o tempo livre dos jovens, com o intuito de afastá-los dos males sociais que estão a afectar a sociedade.
João Vieira, um dos fundadores da escola de futebol da localidade de Furna, afirmou que o propósito foi de ocupar o tempo livre dos jovens, com o intuito de afastá-los dos males sociais que estão a afectar a sociedade.
Em entrevista à Inforpress, João Vieira adiantou que a escola foi criada em 2018 e a iniciativa foi dele e de um outro conterrâneo.
“Esta localidade estava precisando de alguma coisa que ocupasse o tempo livre dos jovens que ficavam à mercê da sorte, nas ruas até altas horas da noite e durante os finais de semana. Daí, fizemos um encontro com um jovem da zona que nos deu o total apoio e decidimos criar esta escola”, explicou Vieira.
Após a criação desta escola, o fundador e dirigente garantiu que os jovens desta localidade passaram a ter um novo ‘hobby’ e uma nova ocupação de tempo, pois, da rua e da beira do mar, passaram a frequentar mais o polivalente.
A escola funciona com crianças dos 8 aos 17 anos e, neste momento, tem cerca de 60 alunos divididos nos dois sexos.
Além de ocupar os seus tempos livres, um dos outros objectivos da escola, é de dar a estas crianças, adolescentes e jovens uma formação que lhes permite serem atletas de “qualidade” mais tarde.
“Se analisarmos, a zona quase nunca teve uma escola de futebol e quando os atletas atingem a idade de jogarem no sénior vão com muitas falhas e dificuldades. E com esta escola, pretendemos prepará-los para, quando começarem a jogar profissionalmente, terem menos dificuldades do que os antigos jogadores”, salientou este dirigente.
Não obstante estes factos, acima de tudo, pretendem formar homens e mulheres com disciplina, diferente de muitos jovens, que muito cedo enveredam para os caminhos dos males sociais como a droga, o alcoolismo, o vandalismo, entre outros.
As dificuldades são várias, mas, neste momento, a falta de material e de recursos financeiros são as que mais prevalecem.
“Neste momento, poderíamos também formar sub 17 para participar no campeonato nacional, mas devido à falta de material, acabamos por desistir. Mas já temos uma parceria com a câmara municipal, e já enviamos um projecto para a Direcção Geral dos Desportos e outras entidades locais, e estamos aguardando resposta para dar um passo mais adiante”, adiantou João Vieira.
Devido à falta de recursos financeiros, estes alunos treinam somente no polivalente da zona, porque não têm como se deslocar ao estádio municipal. Mas, a fonte avançou que vão solicitar apoios da câmara municipal, no sentido de os apoiarem com o autocarro que faz o transporte dos alunos do liceu, nem que seja uma vez por semana.
Questionado sobre a reacção dos pais em relação à participação dos seus filhos nesta escola, João Vieira explicou que antes mesmo da abertura, fizeram uma reunião com a população, apresentando o projecto, que teve uma boa aceitação e não houve resistência em deixar as crianças participarem nos treinos que são realizados três vezes por semana: terça-feira, quinta-feira e sábado.
A escola esteve alguns dias sem funcionar devido a assuntos profissionais, e para retomar as actividades, os dirigentes organizaram um torneio para incentivar a volta dos seus pequenos atletas.
Este dirigente apela às instituições e empresas locais que se envolvam mais neste projecto, apoiando de qualquer forma, pois, ter jovens preparados e bem “organizados”, requer o esforço de todos.
MC/ZS
Inforpress/Fim