Brava: Fajã d´Água já possui uma via pedonal que permite as pessoas circularem com “maior segurança”
A comunidade de Fajã d´Água já conta com uma via pedonal que permite aos moradores e visitantes circularem de forma segura, enquanto se aguarda uma solução para a circulação automóvel.
A comunidade de Fajã d´Água já conta com uma via pedonal que permite aos moradores e visitantes circularem de forma segura, enquanto se aguarda uma solução para a circulação automóvel.
Esta informação foi avançada à Inforpress, pelo presidente da Câmara Municipal da Brava, que aproveitou a ocasião e reuniu-se com os moradores da comunidade para se inteirar da situação que têm vivido na localidade, após a derrocada que deixou a a aldeia completamente isolada desde o passado dia 21 de Janeiro.
Conforme avançou Francisco Tavares, “é com muita satisfação” viu esse via concluída, uma satisfação também visível e demonstrada pelos moradores, pois garante uma circulação pedestre com segurança.
Segundo a mesma fonte, este foi um trabalho de parceria entre a Estradas de Cabo Verde, a Câmara Municipal da Brava, conjuntamente com a empresa de José Andrade, quem em tempo record de três semanas e meia conseguiu construir esse acesso que vai facilitar bastante a circulação de pessoas para chegar e sair de Fajã d´Água.
Durante o encontro, a população acabou por identificar algumas preocupações e dificuldades que estão a enfrentar na zona, decorrentes de não ter acesso automóvel, como a preocupação com o tratamento de lixo, escombros, entre outras situações.
Igualmente, falaram de uma certa apreensão em relação ao acesso à saúde para as pessoas mais idosas que têm alguma dificuldade em andar nesse caminho vicinal.
Conforme informou o autarca bravense, em concertação com a delegacia de Saúde, conseguiu um acordo em que os moradores passam a ter consultas médicas periódicas na localidade.
Igualmente, nesta área, Francisco Tavares anunciou que pretende analisar, juntamente da Protecção Civil, a possibilidade de ter disponível na zona macas e treinamento para que, havendo necessidade, a população possa apoiar no transporte de pessoas em maca, através do caminho vicinal até chegar a estrada, onde o carro possa transportá-las até à delegacia de Saúde.
Sobre a estrada e a reconstrução do troço, Francisco Tavares informou que ainda não há uma data certa para a conclusão do troço de estrada e que possa assim permitir a circulação de automóveis.
O autarca avançou que nem mesmo a empresa que está encarregue do trabalho consegue precisar uma data, mas que a máquina está a trabalhar no caminho para chegar até a parte mais crítica da rocha, provocar a sua derrocada e de seguida prosseguir com outros passos.
Da parte dos moradores, Eugénia Tavares, residente em Esparadinha, povoado da localidade de Fajã d´Água, situado a cerca de dois quilómetros do centro, demonstrou a sua satisfação com a via pedestre, mas também deixou claro a sua preocupação e dificuldade em chegar no centro de Fajã para subir até alcançar a estrada, o que tem sido um pouco complicado.
Esta moradora avançou que caso pretenda deslocar-se até à cidade de Nova Sintra, tem de se levantar por volta das 5:00 de manhã, de forma a alcançar a estrada ainda sem sol escaldante.
“O caminho vicinal é óptimo, mas para as pessoas da terceira idade ainda apresenta algum grau de dificuldade, porque subir, vá que não vá, mas descer é com muito cuidado para não cair e machucar, principalmente para quem possui problemas nos joelhos”, justificou.
Da mesma forma, lamentou a situação das crianças que para estudarem na cidade de Nova Sintra enfrentam algumas dificuldades, sendo que os que moram em Esparadinha e que estudam no período de manhã têm de sair cedo de casa, assim como os do período da tarde, mas estes chegam a casa já acompanhadas, ao anoitecer, por volta das 19:00.
“A esperança é que a máquina consiga alcançar a parte mais crítica da rocha e depois conseguir encher a ribeira para fazer uma estrada, nem que seja de terra batida, para assim permitir o transporte automóvel de toda a população, mas também encurtar os alunos e idosos de Esparadinha os dois quilómetros que têm de andar até chegar onde há circulação de carro após a derrocada”, finalizou.