Brava: Familiares de jovem agredido e que acabou por falecer pedem celeridade à justiça na resolução do caso
Os familiares de Brice Mike Ndjay, jovem de 33 anos que foi agredido no passado dia 04 de Junho e faleceu no Fogo no dia 14, pedem celeridade à justiça para a resolução do caso
Os familiares de Brice Mike Ndjay, jovem de 33 anos que foi agredido no passado dia 04 de Junho e faleceu no Fogo no dia 14, pedem celeridade à justiça para a resolução do caso.
Em declarações à Inforpress, Ana Miranda, irmã da vítima, contou que os familiares se encontram indignados com essa situação, porque até então o suposto agressor se encontra solto e a dirigir ameaças aos familiares.
Segundo a mesma fonte, no domingo, 04 de Junho, por volta das 23:00 foram informados de que o irmão foi espancado e agredido com uma arma branca, e foi socorrido, encaminhado assim à Delegacia de Saúde da Brava, que por sua vez transferiu-lhe com urgência para o Hospital Regional Fogo e Brava, tendo em conta a gravidade em que se encontrava.
A irmã realçou que o Mike, como era carinhosamente chamado, quebrou o crânio, a coluna e a coxa, mas que também tinha sido atingido o pulmão com uma arma branca.
“Logo que chegou no Hospital do Fogo os médicos informaram que a situação era complicada e acabou por falecer no passado dia 14, mas o suposto agressor ainda se encontra solto”, disse triste e indignada.
Conforme informações avançadas, sustentou que o suposto agressor já foi apresentado ao Ministério Público, mas que a medida de coacção que lhe foi aplicada é a interdição da saída da ilha e do país.
Neste sentido, questiona o “porque que a justiça nessa situação não está a funcionar? Enquanto os familiares sofrem com a perda do ente querido o agressor encontra-se solto”.
Outra situação que demonstrou um pouco indignada é com a liberação do corpo para que possam prestar ao irmão a sua última homenagem, avançando que foi solicitada uma autópsia e o corpo se encontra em câmara fria no município dos Mosteiros.
“Para além de morto, ainda está preso e os familiares não têm nada que possam fazer”, lamentou, questionando se a justiça que funciona nesse país e com alguma celeridade é somente para os casos de droga e violação de menores, tendo em conta que o suposto agressor faz publicações na sua página do Facebook, ameaça os familiares.
“A justiça Divina é certa, mas caso não se apressarem estamos dispostos a organizar uma manifestação e apelar à justiça em qualquer situação”, avisou.
A Inforpress contactou uma fonte judicial, que disse entender a situação da família, confirmando que o suposto agressor já foi apresentado ao Ministério Público e aplicado como medida de coacção a interdição da saída da ilha e do país.
Entretanto, a mesma fonte realçou que nesses casos, normalmente, o MP volta a agir depois de receber o laudo médico e, se este confirmar que a causa da morte foi derivada da agressão ou consequência da facada, pois o MP tem de fundamentar a sua acusação.