Brava: Familiares de jovem que morreu alegadamente por agressão voltam a pedir celeridade à justiça na liberação do corpo
Os familiares de Brice Mike Ndjay, jovem de 33 anos que foi agredido no passado dia 04 de Junho e faleceu no Fogo no dia 14, voltam a pedir celeridade à justiça e a libertação do corpo para a realização do funeral.
Os familiares de Brice Mike Ndjay, jovem de 33 anos que foi agredido no passado dia 04 de Junho e faleceu no Fogo no dia 14, voltam a pedir celeridade à justiça e a libertação do corpo para a realização do funeral.
Em declarações à Inforpress, João da Graça Furtado, pai da vítima, contou que na noite do dia 05 de Junho, um outro filho lhe bateu à porta para se dirigirem ao local onde o filho tinha sido agredido e empurrado.
Segundo a mesma fonte, quando chegaram ao local o filho já tinha sido socorrido e levado à Delegacia de Saúde da Brava, pelo que se deslocou logo à Nova Sintra para tomar pulso da situação e que e chegando à Delegacia chamou a Polícia Nacional que ao ver o estado do jovem aconselhou-o aprestar queixa, o que fez ainda antes de regressar para casa.
No dia 7, avançou que o jovem foi transferido com urgência para o Hospital Regional Fogo e Brava, tendo em conta a gravidade em que se encontrava.
Diante do diagnostico, prosseguiu, o filho ficou internado, tendo-lhe sido feito a drenagem do sangue que tinha devido ao ferimento causado supostamente com uma arma branca e as pancadas que apanhou na queda ao ser despencado de uma parede com cerca de 5 metros de altura.
Quando chegaram no Fogo, a informação que os médicos deram aos familiares, conforme contou o pai da vítima, é que este seria transferido para o Hospital Universitário Agostinho Neto, na cidade da Praia, mas que sempre que eram questionados sobre o porquê de tanta demora diziam que estavam à espera da ambulância e no Fogo mesmo viu o filho falecer sem poder fazer nada.
Os familiares mostram-se inconformados com o tempo de espera para ser realizada a autópsia, o que até então, 13 dias depois, ainda não foi feito e, consequentemente, o corpo não foi libertado para que os familiares possam realizar as cerimónias fúnebres.
João da Graça Furtado realçou que veio uma tia do filho de Senegal para tomar parte das cerimónias fúnebres, com uma licença de 15 dias, mas está a ficar ansiosa e triste porque não tem a certeza se vai conseguir acompanhar o sobrinho à sua última morada.
Neste sentido, pede um pouco mais de celeridade com a realização da autópsia, reconhecendo que o país não possui muitos médicos legistas, mas que da cidade da Praia à ilha do Fogo são poucos minutos de voo e que com pouco de esforço é possível fazer a autópsia.
Adiantou que o corpo se encontra nos Mosteiros porque a câmara fria no Hospital São Francisco de Assis não se encontrava em condições funcionais para guardar o corpo.
Quanto ao suposto agressor que ainda se encontra solto, diz preferir não falar, porque o caso se encontra sob a alçada da justiça, mas sublinhou que a situação está a revoltar toda a comunidade bravense, principalmente porque o acusado tem ameaçado as suas outras filhas e dirigindo-se ameaças através das redes sociais aos familiares, criando assim um pouco de medo e de insegurança no seio desta família.
Inforpress