Brava: Festas da bandeira culminam-se com a passagem da bandeira de São Pedro e bote ao Mastro

As três festas da bandeira da ilha Brava com a tradição do Mastro, Santo António, São João e São Pedro, culminaram-se hoje com a passagem da bandeira para o próximo festeiro e o bote ao mastro de São Pedro.

São Pedro é a última das festas da bandeira e este ano a bandeira que se encontrava na igreja foi resgatada por um grupo de jovens que decidiram não deixar a tradição morrer, justificando que a bandeira é do povo e não da igreja.

Por volta das 17:00, os festeiros, acompanhados de tamboreiros e coladeiras, seguiram no ritual até o Cutelo, local onde é vestido o mastro para assim cumprir os últimos rituais da tradição, e após o bote, uma bravense de nome Malu Santos tomou a bandeira para festejar no próximo ano.

Para a festeira de 2024, o que lhe levou a tomar a bandeira é a sua fé e fazer com que a tradição continue esperando agora que toda a sociedade se una para festejarem esta bandeira que considera ser de todos.

Já para os festeiros de 2023, o sentimento hoje é de “dever cumprido”, pois, como justificou Nilton Gonçalves, um dos membros da iniciativa, resgataram a bandeira em meados de Junho, com um curto espaço de tempo para preparar a festa, mas mesmo assim fizeram um apelo e o povo se uniu para que tudo fosse feito como manda a tradição.

Aproveitou para agradecer a todos e demonstrou disponibilidade para apoiar a festeira do próximo ano, realçando que todos são filhos da bandeira e sempre que são chamados respondem prontamente, porque a intenção é nunca deixar ou enterrar a bandeira, ou seja, deixá-la na igreja para não ser festejada.

Mesmo com um público mais reduzido do que as duas outras festas da bandeira, tanto na celebração eucarística como nos rituais ao mastro, São Pedro e São Paulo, como já tinha dito o pároco em entrevista à Inforpress no final da missa, são santos populares, e o mastro que foi feito no Cutelo, que é o tradicional, não foi o único, pois foram vestidos alguns mastros, embora de menor envergadura em casas de particulares de diversas localidades que possuem uma certa devoção para com estes santos, e outras pessoas somente fizeram uma canja ou cachupa para distribuir ao povo.