Brava: Festival Sete Sóis Sete Luas quer que o Centrum da ilha tenha uma programação cultural regular – director do FSSSL
O director do Festival Sete Sóis Sete Luas, Marco Abbondanza, disse hoje, na Brava, que está a trabalhar para que o Centrum SSSL na ilha tenha uma programação cultural regular.
O director do Festival Sete Sóis Sete Luas, Marco Abbondanza, disse hoje, na Brava, que está a trabalhar para que o Centrum SSSL na ilha tenha uma programação cultural regular.
Esta informação foi avançada em entrevista à Inforpress, em modo de balanço do espectáculo realizado na noite de domingo na praça Eugénio Tavares em Nova Sintra, com a Banda da Galiza, Luar na Lubre, explicando que o “grande sonho” do Festival Sete Sóis Sete Luas (FSSSL) é que a Brava tenha uma programação cultural regular.
Mas, para isso, ressaltou que as autoridades competentes têm de ver a necessidade e a importância desta programação na ilha, porque o FSSSL se encontra “empenhado”, mas sozinho não consegue.
Neste quesito, realçou que a primeira “problemática” que tem de ser resolvida é a questão das ligações marítimas, sublinhando que “não é fácil chegar à Brava”, tendo em conta que não se consegue fazer uma programação por falta de horário das viagens, o que dificulta e condiciona a vinda de músicos e mesmo turistas internacionais.
Sendo assim, este responsável pediu às autoridades que dêem à Brava um horário de barco que seja regular, possivelmente todos os dias, mas que também seja um barco novo e não barco com 40 ou 50 anos que a cada semana apresenta um problema de reparação.
“A Brava merece dignidade, atenção, cultura”, defendeu, realçando que o FSSSL há muito que tem vindo a empenhar-se neste processo, presenteando a Brava com espectáculos e eventos na área cultural e das artes, mas que também tem proporcionado momentos de intercâmbio e actuações a nível internacional com os músicos da Brava, integrantes da Brava 7Luas Band, criada dentro do FSSSL.
Sobre a actuação da Banda Luar na Lubre na ilha Brava, explicou que o FSSSL não pode perder ocasião para animar a vida cultural da ilha e nem a oportunidade de promover, dinamizar e criar ocasiões de intercâmbio.
Mesmo com dificuldades orçamentais, Marco Abbondanza, sublinhou que esta actuação foi organizada e realizada graças à parceria existente entre o FSSSL e a região da Galiza, enquadrado também das celebrações do Ano Santo de Santiago de Compostela, cujo objectivo é divulgar a música galega pelo mundo.
A Banda ainda tem espectáculos agendados em São Filipe, na ilha do Fogo, Tarrafal de Santiago, Presidência da República na Cidade da Praia e em Santo Antão.
Por seu turno, Francisco Tavares, presidente da Câmara Municipal da Brava, enalteceu esta oportunidade, pois, conforme evidenciou, ter um espectáculo de uma banda internacional, da Espanha, e com um curriculum “invejável”, com 37 anos de existência e que já andou à volta do mundo “é o sinal de que o compromisso e a parceria SSSL e a câmara municipal que já está em 13 anos é para continuar e perdurar”.
O autarca reconheceu que “é sempre um grande ganho trazer culturas e estilos musicais diferentes para presentear a população bravense com algo que somente a câmara municipal não consegue”.
Daí, destacou que esta parceria “trouxe ganhos” ao longo destes anos em todos os sentidos, além da internacionalização e a formação da Brava 7Luas Band que já actuou em outras ilhas do País, mas também na Europa e nas Ilhas Reunião.
“É mais um passo dentro dessa parceria onde a autarquia só tem a agradecer e fortalecer essa parceria que tem com a associação SSSL cujos ganhos para Brava são enormes”, finalizou o autarca.