Brava: Fotógrafo Zé Pereira lança livro “As Aves Introduzidas, Migratórias e Endémicas de Cabo Verde”
O fotógrafo Zé Pereira lançou quinta-feira, 28, no Salão Nobre da câmara da Brava o livro “As Aves Introduzidas, Migratórias e Endémicas de Cabo Verde”, e inaugurou a exposição fotográfica “Os Bravas” com fotografias da Brava.
O fotógrafo Zé Pereira lançou quinta-feira, 28, no Salão Nobre da câmara da Brava o livro “As Aves Introduzidas, Migratórias e Endémicas de Cabo Verde”, e inaugurou a exposição fotográfica “Os Bravas” com fotografias da Brava.
O livro resulta de uma recolha de imagem e pesquisas que o autor fez durante mais de seis anos, em que teve a oportunidade de fotografar, num universo de 200, 36 espécies introduzidas, migratórias e endémicas em todas as ilhas do arquipélago.
Segundo o fotógrafo, este é o primeiro livro a retratar hábitos e comportamentos das aves em Cabo Verde e pretende futuramente trazer “novas publicações, com novas espécies” que ainda não foram fotografadas.
Contou que inicialmente começou a fazer este trabalho “mais por amor a fotografia e à natureza” e que não tinha noção do que lhe esperava.
Pois, concretizou Zé Pereira, a ideia inicialmente era fotografar todas as aves que podem ser avistadas em Cabo Verde e depois uma publicação, mas não foi possível, uma vez que só para fotografar uma espécie de águia, contou que levou cerca de quatro anos.
Entretanto, adiantou que “o mais importante, o essencial” deste livro, é a ideia, o contexto e o objectivo maior, que é a preservação do meio ambiente e a conservação das espécies, o que o levou a publicar um livro com fotografias, mas com uma parte científica.
Sublinhou ainda que o livro tem tido “muita procura” por parte de biólogos e guias turísticos, uma vez que a obra “fornece”, em cada capítulo, informações de “cariz científico e básico”, incluindo um mapa em que foi fotografada a espécie dando um destaque especial às espécies Cagarra e Calhandra.
A apresentadora Rosa Andrade, bióloga, fez uma análise mais para a sua área profissional e considerou a obra de “excelente”, devido à sua “riqueza” de imagens das aves retratadas, demonstrando uma parte da biodiversidade da fauna do país que é “muito rica”.
Para a bióloga, o autor conseguiu conciliar tudo numa só obra, desde as aves marinhas e terrestres presentes no país, falar das suas ecologias e habitat e das ilhas onde podem ser encontradas.
Sobre os quadros expostos, o fotógrafo considerou que foi “extremamente difícil”, numa ilha “tão bonita” e resumi-la em 20 quadros.
Demonstrou o seu desejo em fazer uma exposição com mais quadros, mas como não foi possível, acentuou que procurou retratar nestes quadros a morabeza da população bravense.
O fotógrafo enfatizou que traçou como prioridade para os seus trabalhos dedicar-se essencialmente às ilhas que tem tido menos visibilidade, ou seja, enumerou, Brava, São Nicolau e Maio.
MC/AA
Inforpress/Fim