Brava: Francisco Tavares considera que a autarquia abriu portas para uma cooperação “profícua” com a cidade de Harwich
O edil bravense disse hoje à Inforpress que regressou dos EUA com uma “luz ao fundo do túnel”, deixando aberta uma porta para uma cooperação futura e “muito profícua” com a cidade de Hardwich, no Estado de Massachusetts.
O edil bravense disse hoje à Inforpress que regressou dos EUA com uma “luz ao fundo do túnel”, deixando aberta uma porta para uma cooperação futura e “muito profícua” com a cidade de Hardwich, no Estado de Massachusetts.
Francisco Tavares fez estas considerações num balanço feito à Agência de Notícias Inforpress, no término de uma visita que efectuou aos Estados Unidos da América, de 19 de Agosto a 02 de Setembro, onde foi participar num programa do Centro Comunitário de Harwich.
Segundo o edil, Harwich é uma cidade que possui uma ligação com a Brava desde os finais do século XIX e início do século XX, urbe onde reside uma importante comunidade bravense, sobretudo de segunda e terceira geração.
“A própria administração da cidade reconhece nos bravenses um papel importante, desempenhado na economia local, num período em que passou para uma recessão económica e perda de população”, salientou o edil.
Em relação à actividade em que foi convidado a participar, explicou que foi uma cerimónia de “grande importância”, onde estiveram todos os representantes da equipa de gestão da cidade e toda a população local.
Com a cidade, referiu que ficou em aberto a possibilidade de cooperarem com a Brava no processo de desenvolvimento, em que a autarquia bravense, após o primeiro contacto, ficou com a responsabilidade de submeter alguns projectos que poderão ser financiados pelo sector privado e até mesmo por organizações da sociedade civil de Harwich.
Aproveitando a estada nos EUA , o autarca informou que a ocasião serviu para manter duas reuniões com a comunidade bravense, uma na cidade de Pawtucket e outra na cidade de New Bedford.
Estes encontros também mereceram nota “positiva” por parte do edil, que os classificou como “um momento para explicar tudo o que a equipa camarária tem feito e o que está planeado para se fazer” até finais do mandato na ilha Brava.
Adiantou também que “ficou claro” que esses emigrantes têm conhecimento do desempenho da sua equipa e que “reconhecem e agradecem os ganhos”.
Igualmente, salientou que questionaram sobre outras obras municipais, tais como a requalificação da calçada das ruas de Nova Sintra, a estrada de ligação Nova Sintra/Nossa Senhora do Monte e, principalmente, sobre a opção calçada e não asfalto.
Também adiantou que os bravenses tiveram a oportunidade de pedir esclarecimentos sobre os estudos em curso sobre a possibilidade de se construir um novo aeroporto para a Brava.
Não obstante as questões ligadas às infra-estruturas e investimentos, Francisco Tavares realçou que a comunidade emigrada apresentou “algumas inquietações”, principalmente sobre os preços que os familiares na Brava têm de pagar no serviço da Alfandega para proceder ao levantamento de encomendas enviadas dos EUA.
A questão da melhoria do transporte de e para a ilha também mereceu “alguma atenção” no encontro, assinalou, assim como as melhorias que vêm acontecendo a nível da prestação dos cuidados de saúde na Brava.
Relativamente à ideia da criação de um fundo social em que cada emigrante bravense depositaria mensalmente, via transferência bancária, uma quantia para as acções sociais da Câmara Municipal da Brava nas áreas de saúde, educação e reabilitação de habitações, esta, segundo a mesma fonte, foi “bem acolhida” no seio dos emigrantes que estiveram presentes no encontro.
Referiu ainda que foi discutida uma forma de cooperação entre a câmara municipal e os emigrantes, principalmente quando enviam algum tipo de apoio social.
A este respeito, explicou o edil, a câmara deixou totalmente em aberto que, caso alguém quiser fazer algum tipo de doação para instituições ou até mesmo para famílias mais carenciadas, deve encaminhar a doação para a autarquia e esta assume todos os custos com o processo de desalfandegamento, entrega e distribuição na ilha.
De acordo com Francisco Tavares, é o “mínimo” que a autarquia pode fazer, tendo em conta que os emigrantes possuem “muitos gastos” para conseguirem os materiais, géneros e roupas para apoiar a população da ilha.
Inforpress