Brava: Infra-estruturação e mudança de autarca marcam 2017

Com o orçamento económico avaliado em 260 milhões de escudos, dos quais 160 destinados a investimento da autarquia e 46 mil virados para despesas de funcionamento, a Câmara Municipal da Brava elegeu a infra-estruturação com grande prioridade em 2017.

Jan 1, 2018 - 14:35
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Brava: Infra-estruturação e mudança de autarca marcam 2017

Com o orçamento económico avaliado em 260 milhões de escudos, dos quais 160 destinados a investimento da autarquia e 46 mil virados para despesas de funcionamento, a Câmara Municipal da Brava elegeu a infra-estruturação com grande prioridade em 2017.

Num ano marcado pela saída do autarca Orlando Balla em detrimento do seu vice, Francisco Walter Tavares, “por motivos de doença”, as áreas consideradas capitais para o desenvolvimento da ilha, como a boa governação, o capital humano a competitividade e a infra-estruturação, assim como a coesão social, estiveram no centro das atenções da governação local no ano findo.

Numa ilha com fortes laços culturais, a câmara municipal cimentou uma parceria com a Associação Sete Sois Sete Lua que teve reflexos na transformação da antiga residência oficial do autarca, em Nova Sintra, num Complexo Cultural Municipal, que tem estado a funcionar como um polo de formação.

Certame Miss Brava, o apoio as festas genuínas e de romarias da qual Nhô São João Baptista que se comemora anualmente “com pompa e circunstâncias” a 24 de Junho continuam a afigurar-se como a festa maior desta ilha, segundo este vereador, pelo que têm sido alvos de uma atenção especial “desta autarquia, empenhada na dinamização da juventude bravense”.

Segundo o actual edil, outrora vereador do pelouro da Juventude, Desporto e Urbanização, a autarquia tem uma política virada para a segurança, com aposta nos equipamentos para a protecção civil e administrativos, bem como a conclusão da elaboração do plano estratégico do desenvolvimento turístico da Brava.

No campo da saúde, a Delegacia de Saúde da Brava tem cadastrado toda a população, em termos de doenças crónicas, o que é referenciado como uma grande vitória por ter mapeado todas os doentes, consoantes as suas patologias e localidades.

Ainda neste capítulo, a ilha da Brava beneficiou de uma parceria entre a Delegacia de Saúde e uma equipa médica de voluntários de “ST Paul Medical Service Igreja Orthodox” que realizou consultas e distribuiu medicamentos e óculos gratuitos aos pacientes diagnosticados.

No capítulo do capital humano, a autarquia privilegiou, ainda, as áreas da educação, desporto, emprego e formação social, baseada num leque de investimentos como a construção e equipamentos de jardins infantis e centros comunitários.

São exemplos desta investida um mini jardim da Vila de Nossa Senhora do Monte, um Centro de Dia da Terceira Idade, equipado com uma biblioteca, de forma a poder servir a juventude.

No desporto o futebol continua a ser, praticamente a única modalidade oficialmente disputado, com o Sporting a conquistar o tetra-campeonato regional, com a particularidade da ilha ter estado buscar reforços nos campeonato mais competitivos do país para reforçar clubes da Brava.

O combate ao abandono e a evasão escolar foram eleitos pela Delegação do Ministério da Educação como grandes preocupações da direcção da Escola Básico Nossa Senhora do Monte, numa ilha com forte predominância pela emigração norte-americana, onde a taxa de abandono atinja 11/14 por cento por ano.

Já a direcção da Escola Secundaria Eugénio Tavares almeja outorgar uma outra valência a este estabelecimento do ensino – a via técnica – para aumentar a oferta formativa, reduzir a taxa de abandono escolar e valorizar o estudo.

No campo desportivo, estão a ser reabilitados os polivalentes da Furna e Nossa Senhora do Monte e de algumas placas desportivas espalhadas pelo município, quando as baterias continuam apontadas para a construção da primeira fase do campo de futebol de onze em Nossa Senhora do Monte, uma reivindicação antiga desta localidade com 50 por cento da população da ilha.

Para a aérea do emprego e formação profissional, o plano estratégico incidiu-se por transformar a Brava num destino turístico de montanha de natureza e cultura, e aposta em formação nas áreas de restaurações e hotelaria, nas áreas da música, do artesanato e do teatro, bem como na promoção de actividades geradores de rendimento.

Num ano no qual a campanha agrícola, também, foi considerada nula pelo delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), Estevão Fonseca, houve aposta em “uma política clara” de incentivo à pesca, ao programa direccionado para a elaboração do Roteiro Turístico da Brava, sinalização das trilhas turísticas, recuperação de caminhos vacinais.

A este propósito, a ilha foi contemplada com a edificação de mais quatro miradouros, uma iniciativa camarária no sentido de promover o turismo de montanha, estando ainda em mira a construção de uma nova Lixeira Municipal de forma a desactivar o aterro de Favatal.

Por força de um forte investimento privado, a Brava ganhou o seu maior complexo comercial, uma infra-estrutura privada, de quatro pisos, construída de raiz numa área de 650 metros quadrados e avaliada em mais de 45 mil contos.

A Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Lomba Tantum e Furna foram umas das contempladas pela Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente com motores fora de borda, dos quais e construção de botes.

Para fazer face ao mau ano agrícola, a autarquia elaborou o seu programa de emergência para aliviar os efeitos do mau ano agrícola, que se faz sentir no País, em parceria com a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, avaliado em 40 mil contos.

Obras sociais como pocilgas municipais, mercado de peixe, praça em Nossa Senhora do Monte de entre outros investimentos, reabilitação de casas degradadas, apoio para a construção de habitações sociais, ligações a energia eléctrica e águas domiciliárias e construção de casas de banho no espaço de coesão social estiveram na ordem do ano.

Sapo.cv